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De volta às origens

"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter." Cláudio Abra...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

De volta às origens


"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter."
Cláudio Abramo

Este espaço foi concebido, há alguns anos, para funcionar como uma espécie de ombudsman da imprensa em geral. Em que pese tamanha pretensão, queremos estimular o debate saudável, a troca de ideias que possa contribuir com o enriquecimento e o aprendizado.

Então estamos de volta.

Afinal, o próprio nome já diz - Troca de Ideias. Cometemos erros de avaliação, de interpretação e em um mundo com cada vez mais informações disponíveis, nem todas correspondem à verdade. Portanto, nem tudo que é divulgado e disseminado hoje tanto em jornais impressos como no anárquico mundo da internet e das redes sociais é verdade soberana e absoluta.

Queremos contribuir com a disseminação de boas práticas, boas notícias - seja de que lado vierem.

Não temos compromisso com partidos, agremiações, instituições e conspirações secretas.

Queremos apenas pensar e fazer pensar. Sem ódio nem agressões. Apenas para que as pessoas cresçam.
Só assim o País vai crescer.

Bem vindo. Suas ideias e pontos de vista serão sempre respeitados. Desde que embasados em argumentos e uma boa conversa. Ofensas pessoais e qualquer forma de preconceito, racismo e discriminação serão sempre ignoradas e deletadas.

Obrigado!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Mudando o rumo das coisas

Em breve este blog estará de cara nova.

Não só a forma, mas o conteúdo.

Haverá espaço para as discussões de sempre, mas ele terá um foco.

Não era para fazer alarde nem faturar em cima de uma circunstância de vida.

Apenas ampliar a discussão e jogar a luz em torno de um tema que cruzou minha vida.

Espero continuar com a leitura e a cordialidade crítica de todos.

Até breve!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Políticos defasados


Sites desatualizados e confusos sem a menor funcionalidade, parlamentares que sequer respondem a e-mails, nenhum uso de ferramentas de interação como enquetes, ausência de divulgação de agendas e compromissos. Estes são alguns dos resultados de uma pesquisa realizada no ano passado, mas que coletou mais de 70 mil dados e revela que os políticos, além da péssima imagem que têm perante a sociedade, também não sabem como lidar com as novas tecnologias. Há casos em parlamentares não têm nem blog nem e-mail, isolando-os do mundo e de seus eleitores.


E a campanha 2012, que mal começou, já denota que candidatos de primeira viagem e à reeleição trilham o mesmo caminho e cometem - sem a menor cerimônia - os mesmos erros.


Esqueceram-se de uma das regras mais básicas, mais simples e mais repetidas a respeito das novas mídias: interação. Ou seja, diálogo. As mídias sociais não são uma espécie de palanque virtual em que o candidato discursa e a multidão aplaude, embasbacada. Erra quem trata as novas mídias como dotada de mão única. O eleitor/internauta/cidadão tem mais poder - e sabe disso - e vai cobrar, exigir e questionar. E vai ser extremamente agressivo quando se ver contrariado ou sentir que está sendo ludibriado.


E, contra isso, poucos, pouquíssimos políticos no atual quadro sabem lidar.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Redes sociais nas eleições. Você sabe usar?


“Não usar as redes sociais nas próximas eleições é o mesmo que desconhecer que a internet existe.

A reviravolta na disputa eleitoral para a Prefeitura de Belo Horizonte sinaliza que este ano teremos eleições dinâmicas e polarizadas. Sendo assim, também é grande a expectativa do papel das redes sociais na divulgação de propostas e ideias. No entanto, como usar corretamente e tirar proveito do imenso potencial de plataformas como o Facebook e o Twitter? Como comunicar-se e interagir com potenciais eleitores? O que determina a lei eleitoral? Estas e outras questões serão abordadas no Seminário “Mídias Sociais nas Eleições. Você sabe usar?” que acontece em Belo Horizonte no dia 28 de julho, na BI International.

Segundo os organizadores, o alcance e repercussão das atuais ferramentas e as novas possibilidades de interação exigem um novo tipo de abordagem, novas orientações comportamentais, novos padrões de ética e de relacionamento com o internauta cidadão. Esse ambiente, surgido nos últimos anos, ainda é um desafio para muitos profissionais da comunicação, parlamentares e futuros candidatos.


Entre os objetivos estão:
·                             *   Detalhar a lei que regulamenta a propaganda eleitoral
·                               *  Demonstrar as possibilidades legais de propagandas eleitorais e as novas tecnologias
·                               * Métricas nas redes sociais. Como mensurar resultados e auxiliar na definição de estratégias
·                                *  Definição de conceitos como visibilidade, influência, engajamento, relevância
   
As inscrições estão abertas e há descontos, mas com vagas limitadas, para estudantes, assinantes da PQN Notícias e associados do Conselho Regional de Relações Públicas de Minas Gerais (Conrerp-MG).


Palestrantes:
  
·         Raphael Moreira Maia é mestre em Direito e Instituições Políticas, advogado sócio do escritório Cardoso e Capanema Advogados Associados e servidor público estadual desde 2006.


·         Heraldo Leite é graduado em jornalismo e analista de Mídias Sociais. Tem MBA em Mídias Sociais e Gestão da Comunicação Digital. Como jornalista participa da cobertura de eleições desde 1998 pelos principais jornais de Belo Horizonte.




SERVIÇO: O seminário acontece no sábado, dia 28, de 9 às 13h30, na BI International que funciona no Colégio Arnaldo, entrada pela avenida Bernardo Monteiro, 1.199, no bairro Funcionários. Reservas e mais informações pelo telefone 2127-4641 ou 8428-3682.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Campanha

Elas começaram mornas e parecia tudo fácil a reeleição do atual prefeito.


Depois esquentaram com a entrada em cena do ex-prefeito Patrus Ananias.


Agora estão mornas novamente.


É a campanha eleitoral em Belo Horizonte. São mais mecanismos - Lei da Ficha-Limpa, cerco às doações, etc -, além de uma nova percepção do eleitorado que cada vez mais se distancia do debate político.
Há também a velha aposta nos tempos de TV.


Pior se a campanha ficar nacionalizada, como tudo indica, antecipando as eleições presidenciais de 2014 e uma disputa que pode ou não acontecer entre Dilma X Aécio.


Enquanto isso, os problemas da cidade se avolumam...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Desinformação ou má informação?

Chego a um prédio comercial no Centro da cidade e o porteiro, após os cumprimentos protocolares, observa meu celular colocado em um local próprio na minha mochila e diz:


- Depois da Copa não vai poder andar com ele aí.


Assusto-me e respondo com um "Não entendi" e a expressão característica. Porque? Penso se é alguma norma do prédio, algum problema de recepção de sinal ou algum impedimento do gênero. E ele mesmo emenda:


- Depois da Copa o desemprego vai aumentar muito e as pessoas vão ter de roubas pra sobreviver.


Naquela fração de segundo, agradeci por o elevador ter chegado. Assim o diálogo não se prolongaria.


Não, não é "coisa" da cabeça dele. Já ouvi o mesmo tipo de observação de outras pessoas. Ou seja, para muitos as coisas vão bem - se é que vão - é por conta da Copa. O governo está gastando muito dinheiro e depois o sonho vai acabar. 


Sem entrar no mérito sobre a utilidade ou inutilidade de uma Copa em terras brasileiras, o pobre porteiro e seu pensamento são fruto da má informação. Não se trata de tecer loas ao desempenho da economia, mas os meios de comunicação não estão mais informando. O excesso de programas policiais, a torcida contra de uma oposição que não apresenta nada de novo acabam gerando este clima de dúvida.


Uma Copa do Mundo recebe dinheiro público, mas também pesados investimentos privados. 
Principalmente de empresas anunciantes nos mesmos meios de comunicação.


Que ao saiba, a economia de Minas segue dependendo não da Copa, mas da China. E o Brasil melhorou por conta da estabilidade da moeda (ok tucanos?) e por conta de políticas de redistribuição de renda (ok petistas?) 


E de pensar que a má informação só vai aumentar por conta da disputa eleitoral, fico imaginando o que se passa na cabeça destas pessoas bombardeadas com sensacionalismos e análises toscas via rádio e TV.


sábado, 7 de julho de 2012

Começou...

Depois de uma pré-campanha fria e distante, as eleições em BH foram turbinadas. Se por um lado a existência de debates e maior participação dos eleitores é boa, por outro lado corre-se o risco da nacionalização da disputa. Assim, a cidade que se aproxima do caos no trânsito, assiste o crescimento da violência e tem dezenas de carências, fica de lado. Uma insana disputa entre petistas e tucanos. Ambos já com os olhos em 2014. Mas, vamos aguardar!

sábado, 16 de junho de 2012

Eleições 2012

Em breve começa mais uma corrida eleitoral. Os debates ainda não esquentaram e com os políticos que estão aí - com as honrosas e cada vez menores exceções - afugentam as pessoas do debate.
Mas, ruim com eles, pior sem eles. 
Gostaria de abrir este e outros espaços para um debate saudável, cordial, moderno e democrático para algumas questões que fazem parte da nossa vida. E, gostemos ou não, passam pela atividade política.
Na sua opinião, qual é a principal prioridade para o próximo prefeito:

a) Segurança pública - A cidade está cada vez mais violenta
b) Transporte - O trânsito está cada vez mais confuso e o transporte público não é eficiente.
c) Outra alternativa

Opine. 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cera Ingleza



A sede administrativa e o parque fabril da Ingleza estão instalados em uma área construída de 50 mil metros quadrados, no município de Santa Luzia (MG), região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
A planta industrial agrega ainda uma das maiores fábricas de embalagens de Minas Gerais, que atende a mais de 90% da demanda interna.

No terreno, com área total de 262 mil metros quadrados, a empresa mantém uma reserva florestal, dedicada à preservação da fauna e da flora originais do cerrado brasileiro.

Trata-se de uma empresa tradicional com uma marca fortíssima - a Cera Ingleza -, mas que tem também uma série de produtos de beleza.

Entre eles a linha Amo o Verde com seus subprodutos Desengordurante, Desinfetante, Limpa Vidros, Limpador Perfumado, Lustra Móveis e MultiUso.



quarta-feira, 14 de março de 2012

Pai coruja, babão e orgulhoso



Ao deixar meu filho, de 8 anos, na escola, cartazes afixados nas paredes chamam minha atenção. Ecologista e preocupado com as coisas da natureza ele se manifestou e ensina aos coleguinhas e professores.

Quanto orgulho em estar formando um cidadão!

Uma greve e três perguntas


A greve dos rodoviários - embora seja igual ao especial do Roberto Carlos e aconteça uma vez por ano - sempre mexe com os nervos da população.

E, nesta época, jornais e TVs, enfim, começam a questionar que o transporte público em BH está na idade da pedra.

Mas na pressa e evitando tocar em temas muito profundos (o lado político e comercial sempre fala mais alto) deixam uma série de perguntas jogadas no ar.

As tarifas de ônibus em BH são geridas e levam em conta um conceito conhecido como Câmara de Compensação Tarifária. É feito para que haja um equilíbrio, ou nas palavras da BHTrans:

"Baseado no conceito de tarifa social, prima-se por centralizar toda a arrecadação gerada pelo pagamento de tarifas e, uma vez apurados os custos operacionais de todo o sistema, distribuir essa arrecadação na proporção do custo de cada linha, garantindo assim que as linhas com superávit financeiro, cubram o déficit financeiro de outras."

Taí mais ou menos explicado porque todo mundo paga R$ 2,65 mesmo percorrendo distâncias diferentes e umas linhas andem mais que outras.

Até aí tudo bem. Só que o nó da questão é o seguinte: como se chega a este valor? Segundo os cabeças de planilha são levados em conta combustíveis, pneus, salários, impostos, amortização dos veículos entre outras variáveis.

Sendo assim,

1) Alguém tem acesso a estes números? Quem?
2) Sendo os item 'salários' uma variável não dá para o Poder Público exigir, contratualmente, uma remuneração mínima? Ou ainda assim estipular um valor a ser pago aos trabalhadores? Que seja um mínimo, daí pra cima sindicatos patronal e de trabalhadores têm ampla liberdade em negociar.

E por último, mas não menos importante: a questão da Catraca livre. Entra ano e sai ano e todo mundo diz que apoiaria o movimento se motoristas e cobradores fizessem as viagens e deixassem todo mundo passar. Alegam que o patronato sentiria o prejuízo no bolso e a população não sairia prejudicada.

Pode ser.

Aqui e ali coletei opiniões esparsas dizendo que as concessionárias são remuneradas por km rodado. Isso quer dizer que tanto faz um ônibus com um solitário passageiro ou uma verdadeira lata de sardinhas. Portanto, não compensaria, para um movimento reivindicatório, liberar a catraca. Eles trabalhariam sob pena de ter os dias cortados e não fariam nem cócegas no bolso do empresariado.

Assim, indago novamente:

3) Isso procede?

Este teimoso blogueiro e sua meia-dúzia de obstinados leitores agradecem a quem responder às três questões.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Pelas ruas

Uma manhã de diversão e lazer no Parque Municipal revelou o que eu já havia observado: aumentou - e muito - o número de moradores de rua em Belo Horizonte. Como não há um crise mais grave - pelo contrário os governos federal e estadual alardeiam que vai tudo bem - pode-se concluir que falta mesmo é uma política pública. O tema é complexo e delicado. Não se pode retirar os moradores de rua à força e despejá-los em abrigos. Mesmo porque em determinadas situações a rua oferece mais conforto do que abrigos caindo aos pedaços.


E os moradores que vi aos montes no parque não são do tipo violento. Nota-se que são vítimas mesmo. Em trapos, sujos e com aquele olhar sem nenhuma auto-estima. Muitos com a indefectível garrafa de cachaça, companheira que - apesar dos males que provoca - combate a fome e a desesperança. Há muitas histórias, quase todas comuns: um dia caíram e não conseguiram se levantar mais.

Como não houve nenhuma crise econômica significativa nos últimos anos ou alguma influência astral repentina fez as pessoas ficarem mais preguiçosas ou indisciplinadas, a gente chega mesmo a conclusão que o Poder Público andou promovendo o corte de verbas interrompendo algum programa social que ajudava estas pessoas. E queiram ou não, esta é uma função do Estado.


sexta-feira, 9 de março de 2012

Rapidinha

Estradas cada vez mais lotadas de enormes carretas. Todo o tipo de carga em cima de caminhões. Nas ruas milhares de carros. Tantos que o trânsito não os comporta mais. Acidentes de trânsito matam milhares todos os anos.

Vem cá. Ninguém percebe que a solução nas estradas está no transporte ferroviário e nas cidades no incentivo ao transporte público.

Onde isso vai parar?

A viagem dos explorados

Um leve sotaque abaianado invade o ônibus. São operários da construção civil, ou peões como são conhecidos e eles mesmos gostam de ser chamados. Nervosos, se queixam: falam rápido e ao mesmo tempo. Todos. Até que um deles, ao meu lado, já emenda a pergunta de "quanto tempo a gente leva daqui a Belo Horizonte" com a explicação de tanta irritação.

A empreiteira que os contratara e os trouxera do Norte de Minas para a cidade onde embarcamos não cumpriu o combinado. Voltavam de mala e cuia e indignados. Pra piorar - conforme narrou um deles que sentou ao meu lado - a tal empreiteira os fizera esperar até às 15 horas para pagar o salário correspondente. Para quem não sabe, agências bancárias no interior fecham às 15 horas. E era uma sexta-feira. Ou seja, dinheiro somente na segunda-feira.

Mas como eles são brasileiros e nunca desistem conseguiram trocar os cheques no comércio local. Assim, exibiam bonés, bermudas e chinelos novos comprados como motivo de barganha com os comerciantes para trocar os cheques.

A viagem transcorreu tranquila com os olhos curiosos voltados para fora da janela. Observaram o movimento infinito de carretas, ônibus na rodovia federal. Entusiasmaram-se em ver fábricas, refinarias de petróleo e três cidades que de tão ligadas umas nas outras nem dá para perceber quando é uma, quando já é outra.

Não devem ter levado boas recordações da "capital de todos os mineiros"

Voltaram à terra natal já com um nome engatilhado de um advogado que vai os ajudar a processar a empreiteira na Justiça do Trabalho. Não sei se foi o barulho da estrada ou o sotaque carregado, mas não consegui entender a expressão que usaram. Algo equivalente a "mandar para o pau" que usamos ao entrar contra empresas na Justiça.

Como desembarquei antes do barulhento grupo, apenas despedi desejando boa sorte e que não se esquecessem de procurar o tal advogado em busca de seus direitos.

Nem eu nem o nobre leitor vamos ficar sabendo o final da história. Ela já se banalizou tanto e ainda persiste neste Brasil que jura ser emergente. Mesmo em meio a tantos avanços, modernidades e progresso o capital segue subjugando o trabalho.

PS> Os nomes da empreiteira e das cidades foram propositalmente omitidos. Não importa. A história narrada ocorre - e infelizmente deverá continuar - em muitas cidades e em muitas das empreiteiras.

sábado, 21 de janeiro de 2012

"Você não entendeu o que eu quis dizer"

Mais uma da série "Você não entendeu o que eu quis dizer".

Corriam os anos pesados da ditadura militar, o pau quebrando, e um baiano maluco lançou uma música.

Como era de costume, a canção tinha de passar pelo crivo de censores - aliás, estúpidos e retrógrados como todos os censores.

Pois ninguém viu nada demais na música. Segundo ele, uma letra bobinha, um refrão mais ainda. Nada que abalasse a estrutura da família e ameaçasse a segurança nacional.

E vai que a música fez sucesso e quando foram perceber era um tremendo libelo contra a ditadura, a estupidez e a imbecilidade reinantes naquela época.


E não adianta
Vir me detetizar
Pois nem o DDT
Pode assim me exterminar
Porque você mata uma
E vem outra em meu lugar...

Mais Luiza (a última)

Luiza já voltou do Canadá e eu já fui mais inteligente, mas ainda acho que não contaram a origem da história pro Carlos Nascimento. Nem pra muitos que repetiram o bordão. Então vamos recapitular.

Um colunista social lá da Paraíba fez um comercial de imóvel e disse a famosa frase. Deslumbrado - como todo colunista social - e com a necessidade de mostrar ostentação - como todo pequeno burguês emergente - o dito cujo quis mostrar a todos que a filha estava no Exterior - como convém a toda mente colonizada.

Imediatamente, vira gozação. As pessoas repassam o vídeo e repetem o bordão. Foi uma maneira de mostrar a estupidez dos personagens, tolos, superficiais e frívolos.

A menina não virou celebridade por seus dotes intelectuais ou metafísicos. Foi por conta de uma gafe do pai.

E eu é que sou chamado de burro nesta história.

Francamente...


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mais ou menos inteligente?

O comentário do Carlos Nascimento é o mesmo daqueles que criticam o BBB.

"Vejam sou inteligente, leio Homero no original, sei quatro idiomas, uso os talheres de forma adequada e sei combinar camisas e gravatas."

É o discurso arrogante do conhecimento acadêmico contra a "burrice" dos sem-diploma. O episódio trata de uma brincadeira, tão comum ao espírito brasileiro, e só. Daqui a pouco ninguém se lembra mais. E assim a vida segue.

E ainda tem o velho preconceito sobre tudo que circula nas redes sociais é de uma idiotice sem tamanho.

Chega desse complexo de vira-lata e essa repetição chata de "é-por-isso-que-o-país-não-vai-pra-frente"

Mais humor, menos rancor...

Bem vinda, tolerância

Não assisto nem gosto de BBB, mas tenho controle remoto e respeito quem gosta e assiste #prontofalei

A frase – ou post, como preferirem – foi publicado em minhas páginas pessoais no Twitter e no Facebook. E foram retuítadas e compartilhadas, recebendo uma saraivada de 'curti' e palavras de apoio. E até de reprimenda e críticas ao que foi chamado de 'politicamente correto'. Mas não seria normal, num mundo dito civilizado e democrático, respeitar as opiniões alheias, ainda que divergentes?

Não é assim que parece funcionar o mundo virtual, nem o 'mundinho' das redes sociais. Dezenas de posts circulam delimitando conversas e temas e fincando barreiras sobre o que deve ou não ser conversado. Talvez o BBB ganhe disparado. Tem até um filtro que bloqueia posts quer versem sobre os confinados globais e seus assuntos – ou a falta deles. Tem também a velha reclamação da 'orkutização' do Facebook – seja lá o que isso for.

Pois bem, sem qualquer arroubo de sociologia, vale frisar – e o próprio nome diz – são redes sociais. Elas existem muito antes de o avô de Steve Jobs ter nascido e surgiram da necessidade de o ser humano em se agregar em dividir angústias, dúvidas, alegrias e gritos de gol. O que mudou no mundo pós-Jobs e Gates é que elas foram incorporadas pelas tecnologias. São redes sociais, não redes tecnológicas.

Portanto, se são redes sociais trazem todos os vícios e idiossincrasias da sociedade. E, repetem, os mesmos cacoetes da desinformação e do preconceito. Pessoas são criticadas por seus gostos musicais, ridicularizadas por suas crenças religiosas, alvos de brincadeiras por conta do time pelo qual torcem... e por aí vai. E é evidente que é muito baboseira e futilidade nas redes sociais. Assim como na vida real.

Assim, sendo, meus amigos, não custa fazer uma forcinha e ser mais tolerante no mundo virtual. É mais do que óbvio que ninguém é obrigado a seguir ou ser amigo de ninguém. Eu mesmo, recentemente, andei fazendo uma faxina. Mas não se esqueça que nas redes tem gente. E gente torce pro outro time, gosta de outras coisas, de outros políticos, de outro filme...


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Flash memories ...


Já que a revista "Veja" nunca deixa de ser assunto, tomo a liberdade de reproduzir o texto.
Via Freak Show Business - Alexandre Santos

O cantor Cazuza ficou tão transtornado com esta capa da Veja, que chegou a ser hospitalizado. A entrevista que ele dera à revista foi usada de forma reprovável.

Na capa, um Cazuza assustadoramente cadavérico ilustrava a sensacionalista chamada “Uma vítima da aids agoniza em praça pública”. A abertura da matéria decretava sua morte: “O mundo de Cazuza está se acabando com estrondo e sem lamúrias.

Primeiro ídolo popular a admitir que está com Aids, a letal síndrome da imunodeficiência adquirida, o roqueiro carioca nascido há 31 anos com o nome de Agenor de Miranda Araújo Neto definha um pouco a cada dia rumo ao fim inexorável. Mas o cantor dos versos ‘Senhoras e senhores / Trago boas novas / Eu vi a cara da morte / E ela estava viva’ faz questão de morrer em público, sem esconder o que está se lhe passando.”

A repórter Angela Abreu, uma das responsáveis pela entrevista, se demitiu ao ver o que fora feito de sua apuração (na Veja, as matérias não são escritas por quem as apura, mas por redatores que recebem a apuração já pronta).