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segunda-feira, 12 de março de 2012

Pelas ruas

Uma manhã de diversão e lazer no Parque Municipal revelou o que eu já havia observado: aumentou - e muito - o número de moradores de rua em Belo Horizonte. Como não há um crise mais grave - pelo contrário os governos federal e estadual alardeiam que vai tudo bem - pode-se concluir que falta mesmo é uma política pública. O tema é complexo e delicado. Não se pode retirar os moradores de rua à força e despejá-los em abrigos. Mesmo porque em determinadas situações a rua oferece mais conforto do que abrigos caindo aos pedaços.


E os moradores que vi aos montes no parque não são do tipo violento. Nota-se que são vítimas mesmo. Em trapos, sujos e com aquele olhar sem nenhuma auto-estima. Muitos com a indefectível garrafa de cachaça, companheira que - apesar dos males que provoca - combate a fome e a desesperança. Há muitas histórias, quase todas comuns: um dia caíram e não conseguiram se levantar mais.

Como não houve nenhuma crise econômica significativa nos últimos anos ou alguma influência astral repentina fez as pessoas ficarem mais preguiçosas ou indisciplinadas, a gente chega mesmo a conclusão que o Poder Público andou promovendo o corte de verbas interrompendo algum programa social que ajudava estas pessoas. E queiram ou não, esta é uma função do Estado.


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