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De volta às origens
"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter." Cláudio Abra...
terça-feira, 31 de março de 2009
Março de 1964 - 45 anos II
Voltamos ao assunto mais tarde.
Março de 1964- 45 anos I
Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.
Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada.
Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente, para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino, sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo.
Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez.
Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo.
As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, "são instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI."
No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra, saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube, vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei.
Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal.
Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo.
A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime. Não foi contra qualquer reivindicação popular, contra qualquer idéia que, enquadrada dentro dos princípios constitucionais, objetive o bem do povo e o progresso do País.
Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente, as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor.
sábado, 28 de março de 2009
Declame, não cante V
diga sempre
que eu não presto
que o meu lar
é um botequim
Mudar para permancer
Quem tem mais de 30 anos deve se lembrar das mudanças propostas por um jornal norte-americano, o USA Today, no meio dos anos 80. Cansado do jornalismo com bases conceituais ainda da década de 50, o jornal se inspirou na TV. Afinal, quem hoje não tem ou não vê televisão, em especial os telejornais. Assim, o jornal abusou de cores e fotos, e diminuiu textos e quantidade de notícias. O USA Today resolveu ir além da TV e não apenas repetir o noticiário. Enquanto a TV tem instantaneidade, o jornal, em tese, já chega velho às bancas, pois a edição que chega com as primeiras luzes do dia nas bancas, foi finalizada na noite anterior. Tal fórmula inspirou o então nascente Hoje em dia (www.hojeemdia.com.br) que sacudiu o preguiçoso mercado mineiro de jornais e já chegou aos 21 anos ininterruptos.
Pois bem, a “Folha de S. Paulo” vem fazendo este mesmo caminho, só que seu alvo não é mais a TV e sim a internet. E parte da seguinte premissa: o papel que cabe aos jornais impressos é a análise. Portanto, terá textos cada vez mais curtos e vai jogar pesado em seu bom time de colunistas. O grupo pode se dar ao luxo de fazer este tipo de aposta. Dona do Universo On Line (www.uol.com.br), o site é um dos mais acessados e tem um invejável volume diário de informações. Além do noticiário em tempo real, são dezenas de blogs e outras parafernálias da rede mundial de computadores. Com todo este oceano de informações, a edição impressa já chega meio caduca na casa dos assinantes.
Futebol, paixão nacional
Um bom exemplo é o futebol. Com as partidas acontecendo cada vez mais tarde – em função dos horários da TV que sustenta muitos clubes – é difícil imaginar alguém que compre um jornal para saber o resultado de uma partida na noite anterior. Mesmo porque, aqueles que não acessam a rede, têm no prosaico radinho de pilha um aliado fiel. O sujeito quer mesmo saber de análises dos comentários. As mudanças são, em última análise, bem-vindas.
Mas sempre há um porém. A tendência à monopolização. Três ou quatro grupos detêm o poder da comunicação no Brasil. Folha, Estado e Globo, além de jornais arrasa-quarteirões, também são donos de agências de notícias e a maioria esmagadora dos jornais Brasil afora como não tem capacidade de manter repórteres em Brasília, limitam-se a publicar o que as agências de tais grupos distribuem. Sem mencionar uma série de notícias que interessam somente ao chamado eixo Rio- São Paulo e que é levado para um indefeso leitor do “Diário de Borborema” no interior da Paraíba.
E como não há santos na história, é sabido que os três grupos têm lá seus interesses políticos. São todos discretos (ou nem tanto) aliados do tucanato paulista e José Serra já é tido, nas entrelinhas, como o futuro presidente do Brasil. Sem mencionar outros preconceitos não menos votados: uma certa indisposição com o Nordeste, com os movimentos sociais e arrogância de querer ditar normas para o resto do Brasil passando por cima de hábitos e costumes.
Mas ainda bem que a própria internet que inspira a “Folha” é a mesma onde a informação circula livre e um número cada vez maior de blogs e sites alternativos faz uma outra leitura do Brasil atual.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Clodovil, de vítima a herói
“Sei que amanhã/ quando eu morrer/ os meus amigos vão dizer/ que eu tinha um bom coração/ (...) Por isso é que eu penso assim/ Se alguém quiser fazer por mim/ Que faça agora”
A música, de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, retrata bem o que sempre acontece: basta morrer para se perdoar vicissitudes e defeitos. Tudo bem: a morte continua sendo um mistério a embalar religiões e seitas desde que o mundo é mundo.
Sem falar que foi veladamente criticado quando não cerrou fileiras nem defendeu as mesmas bandeiras homossexuais. Logo ele, um dos primeiros a se assumir nesta condição quando os tabus ainda eram mais fortes do que hoje.
Eleito democraticamente com 490 mil votos, sua ideias eram menosprezadas e usou-se e abusou-se de uma certa maledicência ao divulgar seus primeiros projetos. Logo num Congresso contaminado de figuras bizarras e notórios ladrões do dinheiro público.
Mas sua morte silenciou este lado. Foi tido como avançado, como pioneiro, como mestre de uma geração, como corajoso e outros adjetivos. E tome horas na TV, páginas e mais páginas impressas e em sites. Até redescobriram projetos de alcance e repercussão.
Informação ou entretenimento?
E Clodovil foi mais uma vítima deste noticiário que em vez de informar e formar cidadãos, deforma e faz da política uma atividade menor. Fica chato repetir o surrado chavão que ao poder e aos meios de comunicação não interessa um cidadão consciente e bem informado. Mas a julgar por este tipo de cobertura fica evidente que a intenção é mesmo manipular a informação. A política é mal tratada e seus maus exemplos recebem mais atenção do que os bons. Estamos fartos de alguns políticos e sua conduta mais que condenável. Mas não isto não deve diminuir a atividade política, essencial para a vida moderna. Ao colocar todos na mesma vala comum – se bem que, reconheçamos, sobrem bem poucos – perdemos a oportunidade de se ensinar a votar e exercer a cidadania.
Clodovil, que chegou ao auge da fama do sucesso por conta dos meios de comunicação, também foi vítima deste perverso sistema que constrói e destrói mitos ao sabor da onda ou dependendo de quem está pagando a conta.
terça-feira, 24 de março de 2009
Cenas Inesquecíveis V - "Sonhos", de Akira Kurosawa
Nestes quase dez minutos de vídeo, um pouco da genialidade do japonês Akira Kurosawa.
Ao som de Chopin, imagens das obras-primas de outro gênio: Vincent Van Gogh.
Ah! Ia me esquecendo: nem precisa entender. Basta admirar as imagens.
Hora do Planeta III
Mais um filme publicitário. A causa é boa, a intenção é melhor ainda.
Mas só para não perder o velho e bom espírito crítico: é só para apagar as luzes? É para deixar o resto ligado na tomada?
E, pelo que entendi, a TV também, afinal a manifestação é no horário nobre ... ou os anunciantes e as TVs vão abrir mão da audiência?
Respostas para o blog, por favor!
segunda-feira, 23 de março de 2009
Azar e sorte
E alinha escândalos no meio policial, uma cartilha de geografia cheia de erros e as chuvas, que provocaram destruição.
É o mesmo raciocínio - pequeno e preconceituoso - que atribui a boa fase do Brasil à "sorte" do presidente Lula.
Quando um tucano erra é "azar". Quando Lula acerta é "sorte".
quinta-feira, 19 de março de 2009
Declame, não cante III
que eu quero passar com a minha dor
Se hoje pra você eu sou espinho
espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minha alma à sua
O sol não pode viver perto da lua"
Hora do Planeta II
O texto circula pelo território livre e anárquico da internet. Pede para que deixemos as luzes apagadas das 20h30 às 21h30 no sábado, dia 28 de março.
O e-mail dá ainda algumas sugestões:
E o que você fará com tudo desligado nesse instante?
* Meditação olhando para as estrelas
* Reunir com a família e conversar sobre o futuro do planeta
* Reunir com amigos
* Jantar a luz de velas...
O objetivo do blecaute deliberado, segundo os organizadores, é chamar a atenção para os problemas globais de aquecimento global e por um futuro sustentável.
Funciona? Não sei. Pode funcionar para quem leva o tema no capítulo modismo. De nada adianta ficar uma hora no escuro e no dia seguinte, por exemplo, levar o cãozinho para passear e os dejetos dele ficarem ali na rua. Ou assinar abaixo-assinado contra as focas-de-nariz-roxo da Groenlândia e tratar mal empregados, atendentes de lojas, operadores de telemarketing.
Ou seja, é preciso mudança de atitude.
Ainda não decidi se vou apagar as luzes.
Veja mais em http://www.earthhour.org/brasil.
terça-feira, 17 de março de 2009
Declame não cante II
É para declamar, não cantarolar.
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
(...)
E faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio (...)
domingo, 15 de março de 2009
SOS Cafeicultura
Até mesmo o campo rendeu-se à sua eficiência. Para divulgar uma marcha pelo Café foi criado um site que explica detalhes da manifestação em Varginha, Sul de Minas.
É um site bem feito, eficiente, mas com um porém: se é bonito na forma, é fraco no conteúdo. Li, li e reli e não consegui contextualizar bem a tal crise.
Preço em baixa? Produtores endividados? Alguma praga agrícola?
Se quiserem me responder, o blog está à disposição.
Em tempo: a marcha está marcada para esta segunda-feira.
Visite o site em:
www.soscafeicultura.com.br/
Declame, não cante I
Letra de música é poesia ou um gênero específico? Há muita música com cada letrinha ...
Mas há canções que podem ser declamadas.
Espero publicar, frequentemente, trechos de letras que são verdadeiras obras-primas da Última Flor do Lácio, inculta e bela.
Mas atenção: é para declamar, não cantarolar!
"Eu quero a sorte de um amor tranquilo
com sabor de fruta mordida
nós na batida
no embalo da rede
matando a sede na saliva
ser tão pão
ser tua comida
todo amor que houver nesta vida"
O Brasil e a crise III
A revista diz que a influência "dominadora" do Estado sobre o setor financeiro vinha "atrasando a economia brasileira.
Depois foi a vez do economista Edmar Bacha no suplemento "Eu &" do jornal "Valor". Bacha - conhecido por cunhar o termo Belíndia, uma mistura de Bélgica com Índia, para definir o Brasil - afirma em entrevista que há defeitos estruturais na economia brasileira que podem se transformar em vantagens num ambiente de contração global de liquidez.
O país ainda tem uma economia relativamente fechada, um grande banco público (o BNDES) e uma tradição de ter uma população que não toma crédito. Nisto colaboram as abusivas taxas dos bancos privados.
Ou seja, fomos do inferno ao céu.
O mais intrigante é que o todo poderoso Alan Greenspan (ex-presidente do banco central dos EUA) defende a estatização dos bancos. Por aqui, semelhante ideia seria rechaçada debaixo dos adjetivos de "comunista" e outros não menos pejorativos. Mas a quem os bancos e montadoras de automóveis recorreram na hora do aperto? Ao Estado, leia-se, dinheiro do contribuinte.
Que a crise nos deixe mais lições do que estragos.
Liberdade na Internet
É óbvio que tal projeto tem outros interesses e atende, principalmente, quem tem interesse em "privatizar" a rede mundial. Não é a toa que o projeto é de um autoria de um tucano.
Um abaixo assinado, que tem mais de cem mil assinaturas, pode ser acessado em:
www.petitiononline.com/veto2008/
O Brasil e a crise II
E antes que me atirem pedras rotulando-me de petista, transcrevo trecho de artigo do jornalista Mair Penna Neto, atualmente na Agência Reuters, publicado no site "Direto da Redação".
"A queda de 3,6 % do PIB no quarto trimestre de 2008 foi uma paulada e revelou uma certa torcida pelo desastre econômico que poderia abalar a popularidade de Lula e interferir no jogo sucessório de 2010. Os jornais trouxeram cenários sombrios, com um mal disfarçado tom de eu não disse sobre as consequências da crise financeira internacional. "
É bom saber que a gente não está sozinho!
sexta-feira, 13 de março de 2009
Manipulação
quarta-feira, 11 de março de 2009
"Veja" vira chefe de reportagem
Há muito a revista da Editora Abril enfrenta uma série de críticas. Também parece que a circulação andou caindo – a empresa nunca divulgou nada, mas especula-se à beça sobre uma queda vertiginosa nas vendas. Sua credibilidade anda arranhada por conta de sua forte oposição ao presidente Lula. Eu, particularmente, não me lembro da mesma fórmula em governos anteriores. Aliás, foi a revista paulista a primeira a tecer loas ao então governador de Alagoas. Quem se lembra da capa com “O Caçador de Marajás”, Fernando Collor?
Mas não é o caso de duvidar, pura e simplesmente, de qualquer coisa que “Veja” publicar. Aliás, foi o que fez o delegado: desmentiu tudo e questionou a lisura da revista. E a publicação diz que se baseou em documentos encontrados no computador do delegado.
Mas não é por aí. O que é estranho é verificar que os jornais brasileiros republicam o material e dão como certas as informações. Ninguém se dá ao luxo de fazer uma nova apuração ou investigação. E não foram poucas as vezes nas quais “Veja” errou a mão. O caso dos dólares que vieram de Cuba em garrafas de bebida é um deles. Que eu também me lembre, o desmentido ou a informação verdadeira não foi republicada pelos jornais que deram a primeira versão.
Durante o conturbado período do mensalão, a revista da família Civita emplacou capa atrás de capa. E os jornais reproduziram muita coisa. Afinal era fácil: final de semana, noticiário político mais ou menos esvaziado, equipe reduzida por conta do plantão e só pedir para um repórter escrever uma matéria. E aí, impera o CTRL+C – CTRL+V e “de acordo com a revista” ou “segundo a publicação”. Quer dizer a notícia virava a matéria da “Veja” e não o fato em si. Em tempo: a revista fica disponível na Internet a partir dos sábados e basta uma senha de assinante para ter acesso ao conteúdo.
Uma pesquisa bem feita enumera, às dezenas, casos em que a revista pesou a mão, ouviu um lado só da história e usou e abusou de adjetivos pouco amigáveis. E os jornais nem ao menos se dignaram de registrar tais erros. Um desrespeito com seus leitores, que pagam e merecem ter a verdade. Sem falar na cópia descarada de uma reportagem sem ao menos tentar aprofundar as investigações e obter novos fatos.
Preguiça? Um pouco. Mas o que salta aos olhos é como a grande imprensa é unida e orquestrada em torno dos mesmos ideais. Não há pluralidade, como os jornais gostam de apregoar. O que há é um tom monocórdio e repetitivo. Todos são contra e a favor das mesmas coisas. E isso não é nada democrático.
terça-feira, 10 de março de 2009
Mais essa!!!
Soneca pós-almoço aumenta
risco de diabetes, diz estudo
Mais uma conclusão dos cientistas. Provavelmente os mesmos que absolveram o ovo, depois de décadas como o vilão do colesterol.
Por isso, México, Espanha, Paraguai e outros países cujo costume da 'siesta' - uma pausa no trabalho e nos negócios depois do almoço - é institucionalizado devem ter legiões inteiras de de diabéticos.
Samba do afro-descendente com distúrbios de ordem mental
Depois de ser praticamente execrado em praça pública, o deputado cassado José Dirceu, sai em defesa de seu algoz: a revista "Veja".
Tudo por conta da matéria que aponta o delegado Protógenes como 'bisbilhoteiro' (o termo foi usado pela revista) e que grampeou meio mundo oficial em Brasília.
Dirceu diz que sempre denunciou as investigações do delegado. Como sempre, se disse perseguido.
A CPI dos Grampos, que seguia ladeira abaixo, foi reanimada e Protógenes e Daniel "Darth Vader" Dantas voltam a ser motivo de pedidos de indiciamento.
Você entendeu? Nem eu!
segunda-feira, 9 de março de 2009
"Folha" faz mea-culpa
O portal Imprensa, hospedado no UOL, do Grupo Folha, publicou a seguinte notícia. Por uma questão de justiça e equidade, reproduzo alguns trechos.
"No último sábado (07), em meio a protesto que reuniu cerca de 300 pessoas em frente à sede da Folha de S.Paulo, no centro da capital paulista, o diretor de Redação do diário, Otavio Frias Filho, emitiu nota, no qual reconhece ter sido "um erro" o uso do termo "ditabranda", ao se referir ao período de regime militar pelo qual passou o Brasil.
No texto, Frias se corrige e diz que todas as ditaduras são igualmente abomináveis. "O uso da expressão "ditabranda" em editorial de 17 de fevereiro passado foi um erro. O termo tem uma conotação leviana que não se presta à gravidade do assunto. Todas as ditaduras são igualmente abomináveis".
Embora reconheça o erro, o diretor de Redação da Folha afirma que, ainda que truculenta, a ditadura brasileira foi menos repressiva de que a de outros países. "Do ponto de vista histórico, porém, é um fato que a ditadura militar brasileira, com toda a sua truculência, foi menos repressiva que as congêneres argentina, uruguaia e chilena -ou que a ditadura cubana, de esquerda", disse."
De qualquer forma, ditadura é ditadura e soa estranho comparar com "outras menos repressivas". Mas fica publicada a versão da "Folha".
O Brasil e a crise
Passado o efeito Obama – sim, ele chegou com tudo em terras brasileiras -, o noticiário por aqui só despeja notícias sobre a crise. Até mesmo as eleições municipais, que já são página virada. A bem da verdade, os efeitos de crise ainda não são palpáveis ou visíveis ao olho nu dos leigos. Fica difícil explicar para o cidadão comum o que aconteceu ou o que está por vir, mas paira no ar um clima de impotente pessimismo. Na pior das hipóteses, de ansiedade sobre quando, onde e como a crise que começou nos Estados Unidos vai desembarcar no Brasil.
Mas como a imprensa brasileira – pelo menos os quatro ou cinco principais jornalões – ainda navega o mundo com a bússola do neoliberalismo, o raciocínio é simples: o Brasil esteve bem nos últimos anos por conta dos bons ventos da economia mundial. Daí, que Lula beneficiou-se desse mar da tranquilidade e chegou aos índices de popularidade que exibe. Portanto, vamos inflar a crise e ver como ele se sai. Afinal, 2010 é logo ali e temos novas eleições presidenciais.
Ou seja, por conta de uma ambição política – legítima e democrática, diga-se de passagem – vão apelar para o velho truque da terra arrasada para mostrar que os tucanos – leia-se José Serra governador de São Paulo – é que tem competência para navegar no mar revolto da crise internacional. Lula? Deu sorte, alegam eles.
Conspiração?
Parece teoria da conspiração de petista fanático? Também acho. Mas é que uma leitura atenta aos noticiários deixa esta impressão. Não se trata de mostrar que o ideário do PSDB é melhor do que o PT, tipo as diferenças entre um Estado eficiente (estilo PSDB) contra as políticas do PT (aumento dos gastos públicos e maior intervenção estatal na economia). Não é por aí a discussão. Trata-se, pura e simplesmente, de mostrar Serra como o melhor, pronto e acabou. Nem que para isso tem de se carregar a mão no pior dos mundos econômicos, sob pena de aumentar a especulação e o medo, infundado, do fim dos tempos.
É claro que a crise deve estender seus efeitos ao Brasil. Se é que eles não chegaram e a gente nem sentiu. Mas é bom perceber que o Brasil tem mais proteção hoje do que há alguns anos e que o país é hoje uma liderança. A reunião preparatória para a cúpula do G20 foi em São Paulo. Ou seja, já fazemos parte da história, embora muita gente queira minimizar isso simplesmente por questiúnculas político-partidárias.
De quem é a culpa afinal?
O governo brasileiro pode ser criticado na varejo, mas no atacado tem agido. Pode ter cometido alguns erros de avaliação e até de execução, mas já se alinhou com o resto do mundo e integra um bloco que pede mudanças na regra do jogo. Afinal de contas, a crise pode até nos atingir duramente, mas é bom lembrar que ela começou nos EUA e sua aposta cega no mercado como salvador e sem o mínimo de regulações ou até mesmo de bom senso.
Deu no que deu!
Bispo de Olinda
A mim não me assusta. Uma instituição que queimou quem discordava de sua pregação, esteve sempre ao lado dos poderosos, apoiou (ou fez vista grossa) a escravidão, regimes fascistas e outras aberrações pela história afora, só podia gerar uma aberração como este sacerdote.
Mas é o tal negócio: segue e obedece quem quiser. Não me sinto obrigado em obedecer o referido senhor. Não sou católico e, portanto, não tenho de seguir regras e crenças que vão em direção oposta ao que acredito e vivencio.
Não deixa de ser uma perda de energia vociferar contra a Igreja e suas idiossincrasias. O bispo está falando apenas para os católicos, não para o conjunto de toda a sociedade.
Protesto na sede da Folha
Para quem chegou agora, o protesto foi contra um editorial do jornal que afirmou que o período militar foi uma "ditabranda".
Mas o monopólio da informação não está mais com os quatro ou cinco grupos empresariais de comunicação. No saudável, pluralista e democrático mundo da internet, os blogs são obrigatórios para quem quiser enxergar mais além.
Fotos estão aqui: http://www.flickr.com/photos/tags/ditabranda/
Um bom e abrangente texto está no blog do jornalista Luiz Carlos Azenha: http://www.viomundo.com.br/
sábado, 7 de março de 2009
Hora da leitura - Blackwater
Quem quiser entender a atual crise daquele estranho país ao norte do Equador precisa ler "Blackwater" do jornalista Jeremy Schahill. Com o codinome "A ascensão do exército mercenário mais poderoso do mundo", o autor disseca a organização (ou empresa, como preferirem) fundada em 1996 para oferecer treinamento militar privado e que fez o sonho da direita norte-americana: tornou-se um exército privado que não se submete as leis nem tem corte marcial para corrigir imperfeições.
Embora prolixo - o livro é um cartapácio de 550 páginas -o autor conta desde o nascimento da Blackwater, até seus abusos no Iraque. Narra também as facilidades encontradas por deputados e senadores corruptos e permissivos ao liberar fortunas (de dinheiro público, é bom registrar) à Blackwater. Por trás de tudo, Donald Rumsfeld - secretário de Defesa na era Bush, além do vice Dick Cheney. Os cofres da empresa receberam coisa de 1 bilhão de dólares em menos de dois anos.
Esse exército terceirizado tem um contingente de 100 mil pessoas, a maior parte oriunda de serviços de elite do exército norte-americano. No Iraque, há registro de massacre atrás de massacre. Mas o mais famoso foi na cidade de Fallujah. Depois de um ataque dos iraquianos, a típica vingança dos ianques não poupou mulheres, crianças e idosos.
Sobre seu fundador, Erik Prince, o colunista Elio Gaspari assim o definiu: "uma mistura de James Bond, Rambo, pastor da direita cristã e generoso financiador do Partido Republicano."
É leitura detalhista e às vezes repugnante por verificar o que a era Bush trouxe para o mundo. Pior: a conta está chegando e nós vamos pagar.
Blackwater - Jeremy Scahill - Companhia das Letras - 550 páginas
Cenas Inesquecíveis IV - Amarcord, de Frederico Fellini
Tão genial que nem precisa parlar italiano para entender e achar graça.
A volta
As revistas voltadas para os executivos volta e meia citam a expressão período sabático. Para quem pode, uma viagem à Europa, um curso, ou o tão propalada Caminho de Santiago.
Não fiz nada disso, mas esse período afastado do blog pode ser chamado assim.
Mudei de emprego, o que me deixa mais à vontade de exercer o papel ao qual me propus. Ser uma espécie de ombusdman da imprensa. Imprensa aliás que continua a cometer os mesmos pecados: repetitiva, preconceituosa, superficial e auto-centrada.
O episódio da "Folha de S. Paulo" e o editorial chamando o período dos militares de "Ditabranda" não me deixa mentir.
Aliás, hoje, sábado foi um dia de protesto em frente à sede da empresa, em São Paulo. Será que vai sair na "Folha". Não duvido, o jornal vai cometer este ato solene de proselitismo e posar de democrata.
Vamos aguardar. Volto ao assunto em breve.
Outro episódio é o do bispo de Olinda e suas polêmicas declarações. E não é que o "O Globo" conseguiu ligar o presidente Lula ao caso? Uma tentativa, quase que subliminar, de jogar o presidente contra a parcela mais conservadora desse nosso Brasil varonil. Patético.
Mas está aqui, a volta ao blog. Seus comentários, além de bem-vindos, serão respeitados. A proposta é ampliar o debate. Então vamos a ele.
quinta-feira, 5 de março de 2009
DIVULGAÇÃO GRATUITA DE PROFISSIONAIS CRIATIVOS
Profissionais criativos de todo o país agora possuem um grande aliado para divulgarem seus trabalhos. É o portal ClicFolio ( www.clicfolio.com ), que já conta com mais de 9.000 profissionais cadastrados em diversas áreas.
No ClicFolio, o profissional cria seu portfolio digital, podendo inserir arquivos em vários formatos, como vídeos, áudio, fotos, textos, etc. Também disponibiliza seu currículo, dados de contato, agenda e prêmios, além de poder vender seus produtos e serviços em uma loja virtual.
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A participação no ClicFolio é totalmente gratuita, e atende a diversas áreas profissionais relacionadas à criatividade, tais como: arquitetura, artesanato, artes cênicas, artes plásticas, cinema, fotografia, dança, desenho, design, esportes, eventos, gastronomia, informática, tradução, literatura, moda, música, publicidade, entre outras.
Não perca a oportunidade de divulgar seu trabalho. Visite o portal www.clicfolio.com.
quarta-feira, 4 de março de 2009
Tcham ! Tcham ! Tcham!
Amigos, parentes, inimigos e cobradores.
Aguardem-me!