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De volta às origens

"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter." Cláudio Abra...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

MJ


Que me perdoem os mais empedernidos fãs de Michael Jackson.

Não estou entre seus fãs, mas também não o abomino.
A brincadeira ao lado foi publicada no site Verdade Absoluta (www.verdadeabsoluta.net). Valeu!!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mais uma vez, o diploma...

Taí minha modesta contribuição ao debate.

Qual o futuro do jornalismo?


Os cursos de jornalismo vão acabar?


O piso salarial continua valendo?


Estas e outras dúvidas, que surgiram após a extinção da obrigatoriedade da formação superior para o exercício da profissão de jornalista, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), vão ser debatidas nesta quinta-feira, dia 25de junho de 2009, às 19h, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (avenida Álvares Cabral, 400, centro, Belo Horizonte).


Representantes do Departamento Jurídico do SJPMG estarão presentes para esclarecer os profissionais de imprensa e estudantes. Vamos aproveitar a reunião também para definir formas de protesto e estratégias de mobilização da categoria.


Venha. Participe. Traga sua indignação.


terça-feira, 23 de junho de 2009

Outra vez o diploma


Confesso que começo a cansar de ler tantas opiniões a respeito a respeito da extinção da obrigatoriedade do diploma para se exercer jornalismo.

Mas vejo que se metade das pessoas - entre elas este que vos escreve - tivesse se mobilizado, protestado, ou exercesse seu poder de cidadão, das duas uma: ou a notícia não pegaria ninguém desprevenido ou nossos doutos ministros do STF teriam outra opinião.

Deveríamos ter nos mobilizado antes. Agora, infelizmente, parece que é um pouco tarde.

Somos bons em escrever (pelo menos uma boa parte). Precisamos aprender a nos mobilizar.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Eleições no Irã


Afinal, o Ahmadinejad ganhou ou não? Por que essa preocupação com o Irã? Petróleo? Medo da bomba atômica??

O inimigo do meu inimigo não é meu amigo. Se Ahmadinejad odeia os Estados Unidos não significa que ele esteja do meu lado.

É uma análise canhestra e quase pueril, apoiar o nome de Ahmadinejad só porque o dito cujo andou peitando o país do Tio Sam. Trata-se de um conservador, fronteiriço entre o provinciano e o fanático.

Mas o mais estranho é o espaço que vem sem dado na grande imprensa às eleições iraquianas. Não vemos o mesmo espaço para eleições em outros países. Mais um caso de subserviência e falta de análise crítica tanto dos jornalões, quanto dos blogs que defendem o nome de Ahmadinejad como sendo um herói na luta anti-imperialista.


Mais diploma II

Como ficam os concursos públicos para o preenchimento de vagas para jornalista?

Vamos virar todos burocratas, lotando cursinhos?


Mais diploma


Achei sintomática a comparação do presidente do STF, ministro Gilmar "Darth Vader" Mendes.

Eles comparou a profissão de jornalismo com a de um chefe de cozinha.

Bom pra mim que me aventuro entre fogões, fornos e panelas como hobby de final de semana.

Já posso pensar num Plano B profissional. Desta vez sem a ilusão de um diploma!

O diploma de jornalismo


O assunto promete render páginas e mais páginas, posts e mais posts, lágrimas, lamentos e ranger de dentes. Mas parece que é definitivo: para exercer a profissão de jornalista não é mais necessário envergar um diploma.

Perde um pouco a categoria. Os salários, aviltados, tendem a se achatar. A qualidade do jornalismo pode até sofrer, mas nada muito diferente do que está aí.

Há muito a formação acadêmica deixa a desejar. Culpa do sistema educacional como um todo. Posso observar nas novas gerações com as quais convivo, uma formação menos sólida. Um certo descompromisso, um preocupante despolitização. Sabe-se menos da história política recente. Tem-se menos compromisso com causas maiores. São pragmáticos demais, individualistas demais, conformistas demais.

Mas, calma, isso não é um defeito das escolas, das faculdades, das universidades. Talvez o retrato de uma geração, de um sistema, ou do tal de estabilishment que tanto apregoam.

Sinceramente - e dou a mão à palmatória - não acho o diploma fundamental. Acho importante uma formação acadêmica. Uma passagem, ainda que breve, pelos corredores de uma universidade. Mas precisamos brigar é uma universidade de qualidade. Pluralista, que invista numa formação intelectual mais sólida, mais reflexiva, mais questionadora, mais anarquista - no sentido mais amplo dessa palavra.

As escolas estão despejando mão-de-obra farta, barata, manipulável e alienada. Assim, o diploma é completamente desnecessário.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A greve na USP

Há alguns dias, comentei aqui que o sindicalismo sumiu dos jornais. Ou melhor, só aparece quando algum dirigente comete algum delito. E as manifestações, legítimas, só aparecem quando tratadas como caso de polícia ou quando param as grandes cidades.

Com a greve na USP não foi diferente. E o ombudsman da "Folha" também levantou a mesma questão.

A seguir, alguns trechos de sua coluna na edição dominical da "FSP".

"A Folha tratou da greve na USP até sexta como fato policial, isolado e sem motivos estruturais antigos e graves. Problemas de anos enfrentados pelas universidades paulistas foram ignorados pelo jornal (...)

(...) As reivindicações de funcionários, professores e estudantes não foram debatidas. Elas são justas. É possível atendê-las? Por que são feitas? Sobre isso, o leitor não recebeu informações minimamente satisfatórias. (...)"

Também não vi, não li, não ouvi - e posso estar desinformado - um pronunciamento sequer do governador José Serra, o responsável, legal e constitucional, por ações da Polícia Militar.

Mas o que se avalia quando a gente vê a cobertura de qualquer reivindicação por parte de servidores públicos é isso: A grande maioria desses trabalhadores tem salários ridículos e há anos não sabem o que é um reajuste. E aparecem, na grande mídia, como um bando de desocupados, péssimos profissionais, e mal-agradecidos que ainda querem aumento salarial. E que a solução é a privatização.

Depois reclamam quando a gente acha que Serra e Aécio são "blindados" pela grande imprensa.

terça-feira, 9 de junho de 2009

De quem foi a culpa?

A "forçação de barra" para tirar proveito político do acidente com a avião da Air France é algo que salta aos olhos e preocupa.

Primeiro foi a demorar na localização do local. Foi um tal de dizer que não estamos preparados, que nossas autoridades são umas descompensadas etc. etc. etc.

Depois foi a comparação. Diziam que enquanto o presidente Sarkozy era quem falava e consolava as vítimas, Lula continuava sua viagem.

Por último foram as declarações do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ela teria precipitado em identificar alguns destroços como sendo da aeronave, para depois ser desmentido pela Aeronáutica.

Vamos por partes:

1) Buscas. A mídia esqueceu-se do acidente, suas causas, a dor de pessoas que perderam parentes e concentrou-se na buscas. Como se localizar destroços de um avião no meio do Oceano Atlântico fosse a coisa mais fácil do mundo. E mais: quase colocaram a culpa nos controladores de voo. Os mesmos do acidente com o avião da Gol e o Legacy, dos norte-americanos.

2) Presidentes. Lula estava em viagem oficial e diplomática. E, que eu saiba, a Air France é uma empresa francesa, o voo era de bandeira francesa e franceses eram a maioria dos passageiros. Logo, cabe ao presidente francês fazer as honras da casa.

3) Jobim. Suas declarações podem ter sido até errôneas e precipitadas. Mas foram superestimadas e passaram a ocupar o foco do noticiário.

Enquanto isso, ninguém aventa uma falha no projeto ou outra coisa do gênero. É como se a fabricante dos aviões fosse perfeita. perfeitíssima. A culpa foi do Brasil, do Lula e de nossos políticos ...

Um perfeito exemplo do "complexo de vira-lata" a que se referiu um tal de Nelson Rodrigues!

terça-feira, 2 de junho de 2009

GM


Mais uma pergunta que não quer calar:
Com 60% do controle acionário nas mãos do governo a outrora poderosa General Motors passa a ser estatal?