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De volta às origens

"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter." Cláudio Abra...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Flash memories ...


Já que a revista "Veja" nunca deixa de ser assunto, tomo a liberdade de reproduzir o texto.
Via Freak Show Business - Alexandre Santos

O cantor Cazuza ficou tão transtornado com esta capa da Veja, que chegou a ser hospitalizado. A entrevista que ele dera à revista foi usada de forma reprovável.

Na capa, um Cazuza assustadoramente cadavérico ilustrava a sensacionalista chamada “Uma vítima da aids agoniza em praça pública”. A abertura da matéria decretava sua morte: “O mundo de Cazuza está se acabando com estrondo e sem lamúrias.

Primeiro ídolo popular a admitir que está com Aids, a letal síndrome da imunodeficiência adquirida, o roqueiro carioca nascido há 31 anos com o nome de Agenor de Miranda Araújo Neto definha um pouco a cada dia rumo ao fim inexorável. Mas o cantor dos versos ‘Senhoras e senhores / Trago boas novas / Eu vi a cara da morte / E ela estava viva’ faz questão de morrer em público, sem esconder o que está se lhe passando.”

A repórter Angela Abreu, uma das responsáveis pela entrevista, se demitiu ao ver o que fora feito de sua apuração (na Veja, as matérias não são escritas por quem as apura, mas por redatores que recebem a apuração já pronta).


O roto e o esfarrapado

É patético como PT e PSDB tornaram-se as duas faces da mesma moeda.

Os tucanos em Brasília são barulhentos e exigentes com a coisa pública. Ótimo. É o papel deles e para isso foram eleitos.

Já o PT, na Capital Federal, põe panos quentes ali, desconversa aqui e apela para o silêncio obsequioso em outras ocasiões.

Nas Minas Gerais, ocorre o contrário. O PT, barulhento, cerrou fileiras ao lado dos professores na luta pelo piso salarial. Também nada mais justo, legal e democrático.

Enquanto isso, o tucanato mineiro preferiu o silêncio obsequioso e votou, sem pestanejar, um projeto, no mínimo polêmico.

Um peso, duas medidas, diria o velho Sócrates.



quinta-feira, 28 de abril de 2011

Recrutamento


Não senhor entrevistador, analista de RH ou futuro e provável empregador. Não sou perfeito. Tenho defeitos.

Tenho preguiça nas manhãs cinzentas, euforia e dispersão às vésperas de festas e eventos do gênero. Costumo vibrar com meu time e adoro passar datas importantes ao lado de minha família, principalmente comemorar o aniversário do meu filho.

Tenho impaciência, um pouco de intolerância, em certas épocas fico ansioso, noutras apático.

Não senhor analista de RH, nunca fui ao Everest pulando num pé só nem atravessei o Canal da Mancha nadando de costas. Nunca fiz algo do gênero só para ver testada minha capacidade de resistência ou de sobreviver a desafios.

Muito menos liderei uma equipe de 46.789 pessoas focadas em resultados ou voltadas para metas que afinal nem eram delas, e sim, da empresa.

Não, senhor entrevistador, não tenho total capacidade de concentração. Às vezes paro para observar o azul do céu, uma borboleta do lado de fora da janela, ou mesmo esticar as costas enquanto sonho com férias na praia.

Entre outros defeitos, eu rio. Rio muito, dou gargalhadas e costumo espalhar sorrisos. Mas às vezes uma humilhação ou contrariedade pode me marejar os olhos.

Alterno tristezas e alegrias. Não preciso colocar na ficha que tenho tendências ao transtorno bipolar. Isso se chama emoção, se é que me entende.

Sim, futuro e provável empregador, trabalhei em muitas empresas. Taí no meu currículo. Algumas me dispensaram, noutras optei por sair.

Algumas cometeram erros e a saída foi "contigenciamento de pessoal" ou "alguns ajustes". Tem ainda "adequação ao mercado".

Em nenhuma delas, garanto, fui o único responsável por crises, falências ou erros crassos de administração. Afinal, muitas continuam aí. Em outras, o que houve mesmo foi má-fé e dolo, afinal, o simples fato de empreender ou se auto-intitular empresário não transforma ninguém em anjos celestiais ou exemplos irretocáveis de honestidade e moralidade.

Há muita, digamos se me permite, picaretagem no mundo.

Sim, senhores, estou disposto a trabalhar, aprender, ensinar, conviver, ter prazer, superar problemas, mas aviso que não sou perfeito. Tenho todos os defeitos listados acima, mais alguns. Mas posso ser útil, muito útil, mesmo assim. Do contrário, procurem um robô. Se é que do jeito que vocês querem ele já tenha sido - ou melhor venha a ser - fabricado.

Atenciosamente,

quarta-feira, 30 de março de 2011

Valeu Bolsonaro!

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) não é nenhum novato. Nem surgiu agora na política. Está em seu sexto mandato. Isso mesmo: sexto mandato! Ou seja, derruba aquela tese de que foi eleito porque o povo não sabe votar e é enganado. Ninguém engana ninguém por seis vezes consecutivas. Se ele está lá no Congresso é porque alguém quer.

E ele sabe muito bem disso. Encarna uma espécie de personagem e se comporta do jeito que esse grupo de pessoas quer. Há anos diz as mesmas sandices carregadas de desinformações e distorções. E é óbvio que agrada quem o colocou lá. Até aí, tudo legítimo, legal e democrático.

Mas duas coisas devem ser observadas.
Primeiro - As mesmas distorções e preconceitos foram exibidos fartamente ao longo da última campanha eleitoral. E a questão da união civil entre homossexuais - não confundir com casamento gay - esbarrou e esbarra nos mesmos preconceitos exibidos pelo deputado em questão. E ele não era voz única. Sem falar nas acusações à presidenta Dilma e a exploração absurda em torno do aborto.

Segundo - A entrevista em questão foi exibida pelo programa CQC. O mesmo cujo apresentador, Marcelo Tas, volta e meia quer que o Congresso pegue fogo, por exemplo. Ou seja, para ele, todos lá - sem as honrosas e diminutas exceções - se parecem com Bolsonaro. O que não é verdade, justiça seja feita. Não é acabando com o Parlamento que vamos minimizar as distorções na política. É a velha máxima: Ruim com eles, pior sem eles.

E para finalizar, mais duas coisas: enquanto as pessoas se preocupavam com Tiririca esqueceram-se do Bolsonaro. E, legítimo representante da extrema direita, Bolsonaro joga por terra que os conceitos de esquerda e direita não existem mais.

domingo, 27 de março de 2011

Luzes Apagadas

O sujeito apagou as luzes de casa ontem. Hoje cedo saiu com o cachorrinho de estimação que fez cocô na rua e ele nem se deu ao trabalho de limpar.

Saiu sem dar bom dia ao porteiro, ao balconista da padaria, ao dono da banca de jornais. Depois jogou lixo da janela do carro.

E ainda está crente que ontem fez sua parte na salvação do planeta.

Não sou contra o movimento em si. Acho muito legal essas coisas simbólicas. Mas cotidianamente apago as luzes de cômodos vazios, recolho plásticos e isopores e levo para a antiga escola do meu filho, onde as crianças fazem brinquedos e sempre passa alguém que faz reciclagem. É pelo menos uma sacola das grandes a cada semana. E sei que posso fazer mais. No entanto, como é uma questão de hábito, alguns custam a virar rotina. Mas tenho me esforçado.

Mas também acho que salvar o planeta não é só lutar pela preservação das focas-leopardo da Groenlândia ou as baleias cinzentas da Austrália. Ser mais educado com o semelhante talvez faça mais diferença.

E, por favor, felizes proprietários de cachorrinhos: calçada não precisa de adubo. Limpe o cocô do seu cachorro. O planeta, mas principalmente, seu vizinho, agradecem penhoradamente!

A Rede Social

Disponível em DVD, "A Rede Social" atraiu a curiosidade deste que vos escreve. E, sinceramente, não consegui entender porque o filme foi tão incensado a conquistar o Oscar. É bem feito tecnicamente - apesar da fotografia um tanto quanto sombria -, mas não deve agradar quem não está habituado aos zilhões de jargões e termos técnicos da internet.

O roteiro me pareceu pobre e simplesmente narrou a saga do Facebook, que nasceu em um alojamento de Harvard e hoje está em 207 países. O que aliás, muitos já estão carecas de saber. O filme então não traz grande novidades.

Também achei o personagem Mark Zuckenverg estereotipado, caricatural até. Não foi essa a impressão que tive quando assisti a uma entrevista dele à MTV, ano passado.

É um bom filme, sem dúvida. Mas daí ganhar a estatueta são outros 500.

E as aulas continuam...


Devo admitir que a palavra empreendedorismo também já mereceu de mim a desconfiança. Pelo senso comum - e a grande mídia aposta neste modelo - é coisa de geninhos ou oportunistas ávidos em enriquecer sem fazer força. Basta ver o endeusamento do empresário Eike Batista, para ficar no exemplo mais clássico.

Mas a cortina de fumaça começou a se desfazer com uma série de leituras e o primeiro contato com a matéria em sala de aula. Uma constatação: não significa que todo empreendedor vai se tornar milionário. É possível empreender para levar uma vida digna, obtendo uma renda - além do prazer e da qualidade de vida - melhor que os vergonhosos salários pagos a jornalistas. Exemplo que eu conheço muito bem, registre-se.

Detectar uma oportunidade não significa oportunismo. Diante disso, é possível ensinar empreendedorismo? Espero e acredito que sim. Não significa que todos vão se transformar num Bill Gates ou em um Mark Zuckenberg após ler meia dúzia de livros. Mas é possível alargar horizontes e enxergar novas formas de sobreviver e, por que não, ganhar dinheiro.

Ainda temos uma cultura do emprego para toda a vida. Taí a insana corrida atrás de concursos públicos que não me deixa mentir. E o cruel mercado de trabalho repõe com uma velocidade espantosa postos de trabalho e dilui com os sonhos e planos de todos nós. Empreender, neste sentido, é uma saída legítima e legal para que milhares de pessoas continuem trabalhando, gerando renda e negócios.

Também não significa que todos se tornarão donos do próprio negócio. É possível empreender dentro da própria empresa, que sempre vai precisar inovar para vencer a concorrência e gerar resultados. Resta ver se boa parte do empresariado - tão conservadora e avessa a mudanças - está disposta a apostar nesta inovação. Mas isso é tema para outra discussão.

terça-feira, 15 de março de 2011

Recreio

E já que o assunto são as redes sociais, um vídeo engraçadissimo sobre o uso do Facebook pelos tripulantes da Enterprise. Ou, se "Jornada nas Estrelas" (Star Trek) incorporasse o uso das redes.

Primeiro dia de aulas

Depois de muita ansiedade e expectativa, enfim começaram as aulas. E, de quebra, com um toró daqueles. Logo eu que assumidamente não gosto de chuva.

Mas se ainda é cedo para qualquer avaliação mais aprofundada, de cara, duas constatações:

Constatação nº 1 - As mulheres são mesmo maioria. Já foi dito que elas estão estudando mais, se aperfeiçoando mais. A turma tem mais moças que rapazes. Bom sinal.

Constatação nº 2 - A quantidade de jornalistas e publicitários à solta no mercado. Todos relatam seu calvário em busca de uma colocação e contam suas agruras na busca de um emprego. Muitas vezes o primeiro depois de formados. Mau sinal.

Continua nos próximos capítulos...

PS> Para quem não sabe ainda, comecei nesta segunda feira a fazer um MBA. O link está aqui http://www.una.br/curso/pos-graduacao-mba-especializacao/mba-em-midias-sociais-e-gestao-da-comunicacao-digital

domingo, 13 de março de 2011

Mais uma mudança


Foram muitas as propostas de mudança apresentadas aqui neste espaço. A maioria - procrastinadores do mundo, uni-vos! - foi deixada de lado, boa parte pelas próprias mudanças de rumo que a vida nos reserva.

Mas agora - assim espero - há um foco, um alvo, um objetivo. Inicio uma nova fase na minha vida profissional ao cursar um MBA-Pós-graduação em "Mídias Sociais e e Gestão da Comunicação Digital".


Como se trata de uma solene volta às aulas, quero dividir com o nobre leitor e amigo as experiências, o aprendizado, novos conhecimentos, novas vivências.

Espero interagir com a precisão e periodicidade exigidas por este novo mundo que se abre com as novas tecnologias. Também quero receber muitas sugestões e colaborações.

Seja bem-vindo!