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quarta-feira, 30 de março de 2011

Valeu Bolsonaro!

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) não é nenhum novato. Nem surgiu agora na política. Está em seu sexto mandato. Isso mesmo: sexto mandato! Ou seja, derruba aquela tese de que foi eleito porque o povo não sabe votar e é enganado. Ninguém engana ninguém por seis vezes consecutivas. Se ele está lá no Congresso é porque alguém quer.

E ele sabe muito bem disso. Encarna uma espécie de personagem e se comporta do jeito que esse grupo de pessoas quer. Há anos diz as mesmas sandices carregadas de desinformações e distorções. E é óbvio que agrada quem o colocou lá. Até aí, tudo legítimo, legal e democrático.

Mas duas coisas devem ser observadas.
Primeiro - As mesmas distorções e preconceitos foram exibidos fartamente ao longo da última campanha eleitoral. E a questão da união civil entre homossexuais - não confundir com casamento gay - esbarrou e esbarra nos mesmos preconceitos exibidos pelo deputado em questão. E ele não era voz única. Sem falar nas acusações à presidenta Dilma e a exploração absurda em torno do aborto.

Segundo - A entrevista em questão foi exibida pelo programa CQC. O mesmo cujo apresentador, Marcelo Tas, volta e meia quer que o Congresso pegue fogo, por exemplo. Ou seja, para ele, todos lá - sem as honrosas e diminutas exceções - se parecem com Bolsonaro. O que não é verdade, justiça seja feita. Não é acabando com o Parlamento que vamos minimizar as distorções na política. É a velha máxima: Ruim com eles, pior sem eles.

E para finalizar, mais duas coisas: enquanto as pessoas se preocupavam com Tiririca esqueceram-se do Bolsonaro. E, legítimo representante da extrema direita, Bolsonaro joga por terra que os conceitos de esquerda e direita não existem mais.

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