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De volta às origens

"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter." Cláudio Abra...

sábado, 15 de agosto de 2009

Se usar drogas, não dirija

Diversão para o final de semana!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

IURD no banco dos réus

São no mínimo estranhas algumas opiniões no território livre da internet após denúncia (mais uma!) envolvendo a polêmica Igreja Universal do Reino de Deus.

Muitos dizem que é uma tentativa da Rede Globo de barrar - ou minar - a concorrência da Rede Record.

De fato, a poderosa vênus platinada tem aberto seu telejornal de maior audiência (ainda) com reportagens de 10 minutos sobre o assunto.

Mas, plagiando o apresentador de TV, ela "aumenta mas não inventa".

Há fatos novos, como a Justiça aceitando a denúncia do Ministério Público e o nome de novos indiciados. Isto é fato, e a Globo - apesar de muitas derrapadas - faz jornalismo e não poderia deixar a notícia passar. Tanto é que o fato teve grande repercussão, aqui e além-mar.

Mas daí a dizer que a Globo é a vilã da história, são outros quinhentos. Essas igrejas (igrejas?) são verdadeiras máquinas de arrancar dinheiro de incautos e desesperados. Usam métodos nada recomendáveis e abusam, muitas vezes com um sorrisinho sarcástico no cantinho da boca, de ingênuos e até deficientes mentais. E a lei prevê penas para crimes de charlatanismo e curandeirismo.

Pode até ser que a Record vem arranhando a audiência da Globo. Mas o faz repetindo tudo o que a emissora dos Marinho tem de ruim. Pode até ser que o jornalismo da Record seja mais isento, mas suas novelas são pavorosas, seus programas jornalísticos são cópias mal-feitas do que a Globo vem - bem ou mal - fazendo há décadas. Sem falar no humor: a Record arrebatou Tom Cavalcante, dono de humor preconceituoso e de baixíssimo nível. Tom consegue ser pior que Zorra Total, que vem a ser um dos piores programas globais.

Mas pior mesmo, foi a réplica da Record. Em vez de se defender das acusações, danou a espinafrar o "monopólio global" e a mostrar, de uma maneira amadora e quase pueril, as obras ditas assistencias de Macedo.

A Globo padece de muitos males. Entre eles, o de uma campanha quase subliminar em favor de José Serra e de um ideário político-ideológico, por ora questionado no mundo após a crise no país do Tio Sam. Tem inúmeros problemas de edição de matérias, bate no Lula sem dó nem piedade, seus colunistas apostaram no caos econômico que parece não ter vindo etc, etc. etc, etc.

Mas por conta disso dar razão a Edir Macedo vai uma distância muito grande.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Crise no Senado - II


Algumas perguntas que não querem calar:

1) O senador Arthur Virgílio se diz réu confesso, justifica que está devolvendo o dinheiro em suaves prestações e assume o erro. Só isso já o absolveu?

2) Alguém se lembra que o senador Renan Calheiros foi ministro da Justiça - isso mesmo, você leu certo, da Justiça - no governo José Sarney?

3) Porque quando a oposição - leia-se demo-tucanos - baixa o nível não é ataque? Porque a grande mídia quer passar a impressão que eles estão lutando contra a corrupção, quando na verdade tudo não passa de uma disputa política de olho na sucessão presidencial no ano que vem?

4) Onde anda o senador Marco Maciel, ex-vice presidente da República? Idem, idem para os mineiros Eduardo Azeredo e Elizeu Resende.

5) Que fim levou a história do grampo em uma conversa entre o presidente do STF, Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres? O caso foi encerrado por falta de provas e nada nem ninguém nunca ouviu um segundo sequer da tal conversa grampeada. Se o senador Demóstenes mentiu, pode ser considerado 'quebra de decoro parlamentar'?

6) Porque a baixa repercussão da crise no Rio Grande do Sul? Só porque a governadora Ieda Crusius é tucana?

7) José Sarney está na política há séculos, porque só agora 'descobriram' o que ele faz há anos?


Quem souber as respostas, fique à vontade em comentar.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Crise no Senado

O presidente Lula, segundo alguns colunistas, sente que o apoio ao senador José Sarney começa a arranhar sua popularidade.

Alguns colunistas dizem que a crise no senado caiu no colo dos tucanos.

Caiu no colo ou foi, deliberadamente, provocada? Me engana que eu gosto!

E, como o mineiro tem fama de trabalhar em silêncio, Elizeu Resende e Eduardo Azeredo, ambos senadores por Minas Gerais, estão roucos de tanto ouvir!!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sarney

O Conselho de Ética do Senado livrou o ex-presidente do Brasil e atual presidente do Senado, José Sarney.

O resultado não surpreende.

Resistir, ele resiste. Mas nem de longe fará as mudanças que todos pedem. E, caso fosse defenestrado, também não iria mudar muita coisa.

O Senado precisa de uma faxina geral. E que deve começar com seu voto. No ano que vem você vai escolher dois senadores. Pense bem!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Preconceito

O cartaz acima integra uma campanha contra o preconceito aos trabalhadores imigrantes na Espanha. Obviamente, foi traduzida, embora eu não possa atestar sua veracidade.

Mas é uma ótima ideia.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Mãozinha a Serra

A princípio, uma leitura rápida e o leitor é fisgado:

"Salário de professor pode chegar a R$ 7 mil em São Paulo"

Maravilha. Afinal, nossos mestres e mestras merecem. Só que basta começar a ler o texto e se deparar com a informação que o processo vai durar 12 anos. Isso mesmo: 12 anos!

Além de pesar a mão, forçando um pouco a barra, fica clara a intenção de inflar o nome do governador José Serra.

Se fosse outra pessoa ou candidato e a interpretação seria que o governo está aumentando gastos sem ter receita e ainda por cima jogando o ônus para os próximos governantes.

A informação saiu na Folha On Line.

Mais uma vez fica difícil não interpretar que a mídia aposta na candidatura de Serra e acha que os leitores nem vão perceber.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ciro Gomes

Ríspido com jornalistas, polêmico e uma incógnita no poder, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) coore por fora nas eleições 2010.

Sua análise no vídeo abaixo, merece uma reflexão.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Reeleição

Depois da pregação do voto nulo para melhorar a política, surge outra campanha estranha: a não-reeleição de políticos como forma de melhorar a política.

Quer dizer que os males da sociedade brasileira estão, única e exclusivamente, nos parlamentares?

E o empresário que suborna os políticos?
E aquele cidadão (cidadão?) que fura fila, semáforos, estaciona o carro na vaga reservada a deficientes?
E o comerciante que rouba no peso, adultera gasolina, sonega impostos, adultera notas fiscais, desrespeita funcionários?

Geralmente, o mau político é péssimo cidadão. Entrou lá para se dar bem. Não mudou apenas porque foi eleito - ou será que assembleias, Câmara e Senado têm algum de maligno que subitamente transforma as pessoas?

Quem garante que os que vão entrar trazem na testa o símbolo da honestidade?

Arthur Virgílio, o santo

Principal algoz do calvário de José Sarney, o esganiçado senador Arthur Virgílio cumpre bem o seu papel: assume a cara do PSDB, enquanto o restante dos tucanos - notoriamente conhecidos por suas tendências em permanecer em cima do muro - permanece calado. Ou quase.

Apanhado com a boca na botija por mais uma falcatrua no Senado, o senador amazonenses diz que vai devolver o dinheiro, alega que a iniciativa partiu dele e toda a mídia dá a maior repercussão, como se certo ele estivesse.

Mais da metade do Senado também não resistiria às investigações nos moldes das que estão sendo feitas ao presidente Sarney. Só que o que está em jogo não a correção e melhoria das práticas políticas. O alvo é a eleição em 2010. E é triste ver como tanta gente embarca sem ao menos ter uma leitura política mais ampla e ver que escorraçar Sarney não é a garantia de que tudo vai se resolver.

O debate, centrado em cima de pessoas, não em cima de fatos, práticas e idéias, é vazio e inconsistente e oportunista.

Diploma, novamente

E não que é coube ao prolixo (e não menos polêmico) ministro Marco Aurélio Mello, do STF, a incumbência de defender a obrigatoriedade do diploma para jornalistas.

Único voto contra naquela Corte, Mello foi o entrevistado de Alberto Dines, no programa "Observatório da Imprensa", na última terça-feira.

E foi até simpático levando questões e sustentando, ainda, sua posição.

O Dines escreveu um excelente artigo que está no link abaixo

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=548JDB010

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sem comentários!!!



Duas capas da "Folha"
A da esquerda, de julho,
à direita, de junho.

Crise? Que crise!!

Bom, com a economia e o Felipe Massa saindo da UTI, o catastrofismo vai ficar por conta da gripe suína.

Crise? Que crise!!

"Confiança da indústria tem 7ª alta seguida e atinge maior nível desde outubro"

"Recessão no Brasil acabou em maio, avaliam bancos"

"Bancos apontam o fim da recessão no país"

As manchetes acima são da imprensa, não do site oficial do governo.

A não ser por açgum acidente de percurso lá na frente, a crise parece ter arrefecido. Nao foi uma marolinha, mas não foi a tsunami que tanto apregoaram - alguns, secretamente, desejaram.

Definitivamente, a economia não é uma ciência exata!

Multa milionária

Praticamente todos os jornais estamparam em manchetes a multa a qual Claro e Oi podem pagar pelo mau atendimentos: R$ 300 milhões, cada uma.

Bacana!

Mas é bom ficar de olho, pois num destes meandros da nossa Justiça, as duas recorrem, um advogado esperto acha uma vírgula mal colocada e o STF fica sempre do lado dos poderosos.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Manchetes -

Na sangria diária de Sarney, "O Globo" estampou manchete:

"Lula relativiza crimes para reforçar a defesa de Sarney"

Peraí, os crimes são mesmos relativos, ou não?

Há vários tipos de homicídio: qualificado, culposo, doloso...
Uma coisa é roubar galinha outra é sequestrar para roubar.


Neste ponto, acertou a "Folha":

"Lula minimiza acusações contra Sarney"

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Cenas Inesquecíveis VIII - "O Carteiro e o Poeta"

Pequena obra-prima com trilha sonora de Ennio Morricone.

Mais Petrobras

"Apenas nos próximos cinco anos, a Petrobras planeja investir US$ 28,9 bilhões nos campos "pré-sal" de águas profundas. A investigação [a CPI] chega em um momento ruim.

"A empresa está dando início ao desenvolvimento dos campos pré-sal tecnicamente complexos, mas o preparo de sua defesa já está desviando recursos administrativos desse esforço."


O trecho acima é de algum aloprado petista? Não. Faz parte de um artigo publicado no "Financial Times", jornal londrino.

Precisa dizer mais?


O sacrifício de José Sarney


Difícil analisar o bombardeio diário em cima do senador José Sarney.

Se por um lado, a gente vê o dedo malicioso da oposição que quer jogar a culpa dos pecados do mundo em cima do Lula, por outro defender o bigodudo grão-senhor do Maranhão nos ataca a consciência.

As gravações divulgadas pelo "Estadão" elevaram a temperatura.

A neta com voz de patricinha deslumbrada pedindo emprego para o namorado é revoltante, assim como o desdém com que os endinheirados filhos do clã Sarney tratam a coisa pública.

Mas também ver e ouvir o esganiçado Arthur Virgílio ao lado dos agripinos e heráclitos como arautos da honestidade, também dóóói...!!!

Tem também o Pedro Simon, tido e havido como exemplo, mas que simplesmente se calou depois das diatribes de Yeda Crusius, a governadora do seu Estado, o Rio Grande do Sul, que tem metido os pés pelas mãos, denúncia após denúncia, escândalo após escândalo.

Mas até mesmo a grande imprensa já percebeu que bater em Sarney não é moralizar a política. Articulista de "O Globo", Luiz Garcia comparou Sarney ao boi de piranha, aquele que os fazendeiros sacrificam às piranhas para salvar o restante do gado na travessia de um rio. Assim, ele disse que enquanto sangram Sarney, o restante do Senado - e da vizinha Câmara - se deleitam em continuar fazendo o que fazem há anos.

Ainda tem a questão de que o fato em si - nepotismo, gravações, armações, maracutaias - toma menos tempo do que a defesa que Lula faz do atual aliado político.

É preciso frieza ao analisar o sacrifício público de Sarney. Há mais interesses envolvidos.

Mas que dá raiva, dá!!

Foto: José Cruz/ABr

Estudantes, petróleo e a contrainformação


Na mesma semana em que os estudantes saíram às ruas defendendo a Petrobras - "O petróleo tem que ser nosso" - "O Globo" escancarou um personagem, uma das lideranças da União Estadual dos Estudantes (UNE).

O dito, cujo nome me foge nem vem ao caso, foi apedrejado em praça pública. E a entidade, colocada a baixo de zero, por ter dito que apoia e recebe verbas federais.

Bobo de quem achar que é coincidência.

Aliás, a tática funciona: desmerecer pessoas, entidades e fatos para depois espalhar a contrainformação.

Assim, para defender as privatizações, o funcionalismo público é composto de marajás, incompetentes e congêneres.

Para questionar as leis trabalhistas e cravar uma estaca no peito dos trabalhadores, o sindicalismo está cheio de "aristocratas" e sindicatos "podres".

E, finalizando, os estudantes já não são mais como antigamente.

E, assim, da forma mais marota possível, vão passando uma mensagem quase subliminar, mas inconsistente e fraca de questionamentos mais críticos.

Resumindo:

Defender o petróleo, a soberania nacional, questionar privatizações e CPIs políticas é coisa de gente atrasada, e os adjetivos acima listados.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Alarmismo - Gripe suína


Já que a cobertura da TV é meio alarmista e sensacionalista, segue um quadro a respeito dos sintomas.

Mais didático, impossível

Mais diploma III

Vídeo feito por alunos da Universidade Federal Fluminense

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Lula e Collor

Admito que não é nada agradável ver uma foto unindo o presidente Lula e o ex Fernando Collor. E, no afã de igualar os dois, os jornalões estamparam a foto.

A cena - infelizmente - faz parte do jogo político. Pode até se questionar até quando vai ao pragmatismo de fazer alianças e depender de aliados para se manter no poder. Mas Collor - a despeito de seu passado e seu presente - foi punido e foi eleito dentro das leis que estão aí. Já pagou, de acordo com as mesmas leis, pelo que fez.

Mas vamos pensar o contrário. Se Lula se recusasse a receber Collor? Também cairiam de pau dizendo que ele perdeu a compostura, não tem respeito ao cargo, ainda não desceu do palanque.

Resumindo: para uma parte da grande imprensa - que representa o que há de mais reacionário em nossa sociedade - Lula está errado de qualquer jeito.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Senado - perguntar não ofende I

Por falar em Sarney e nepotismo, o que deu aquela história da filha do Fernando Henrique que também recebia do Senado - leia-se dinheiro público - nunca foi lá e disse que o Senado era uma bagunça?

Carga tributária

O excelente blog do Azenha (www.viomundo.com.br) traz uma excelente revelação. Os impostos estaduais cresceram o dobro dos impostos federais.

Mas, é claro, o destaque dos jornalões é somente para o governo federal.

Enquanto a União viu a arrecadação crescer 2,42% os Estados tiveram um aumento de 4,89%.

É o famigerado ICMS. Se você é de Minas , pegue sua conta de luz e veja que você 30% - isto mesmo, mais de um quarto - desse imposto na conta da Cemig.

Que tal pressionarmos pela diminuição TAMBÉM de alguns impostos municipais?

Sarney

Nunca morri de amores pelo senador e ex-presidente José Ribamar, mais conhecido como Sarney.

Pelo contrário. Até hoje me lembro que ele nos proibiu de assistir a "Je Vous Salue Marie", polêmico filme do cineasta Jean Luc Godard, só que porque seria ofensivo à Igreja Católica. Mas isso é outra história.

Mas é preciso ler, mais que nas entrelinhas, o que está acontecendo. Presa fácil, Sarney tem apanhado, mas coitado... o alvo é o Lula. Enfraquecer Lula. Sangrar Lula.

Há muito entronizado no poder, Sarney deve ter deixado rastros de práticas que - infelizmente, repito, infelizmente - sempre existiram. Parece que surgiram agora quando outro grupo político chegou ao poder. O ruim é que a grande mídia só ouve os mesmos heráclitos, virgílios e agripinos da vida... E o Marco Maciel, que é senador e foi vice do Fernando Henrique?

Oculta-se que Renan Calheiros foi ministro da Justiça, sim da Justiça, de FHC. E pelos mesmos motivos que mantém o governo preso ao PMDB: apoio político, apego ao poder e, vai lá, a tal da governabilidade.

Ruim é assistir quem está no poder tornar-se refém do PMDB. Aliás, da banda podre do PMDB. Foi assim com FHC quando precisou do Congresso para aprovar a reeleição. E está sendo assim com Lula.

Não estou ao lado do Sarney. Mas não é demônio em um monastério. O buraco é mais embaixo. E é preciso discernimento para não embarcar na manifestação errada, nem empunhar a faixa errada.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

MJ


Que me perdoem os mais empedernidos fãs de Michael Jackson.

Não estou entre seus fãs, mas também não o abomino.
A brincadeira ao lado foi publicada no site Verdade Absoluta (www.verdadeabsoluta.net). Valeu!!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mais uma vez, o diploma...

Taí minha modesta contribuição ao debate.

Qual o futuro do jornalismo?


Os cursos de jornalismo vão acabar?


O piso salarial continua valendo?


Estas e outras dúvidas, que surgiram após a extinção da obrigatoriedade da formação superior para o exercício da profissão de jornalista, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), vão ser debatidas nesta quinta-feira, dia 25de junho de 2009, às 19h, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (avenida Álvares Cabral, 400, centro, Belo Horizonte).


Representantes do Departamento Jurídico do SJPMG estarão presentes para esclarecer os profissionais de imprensa e estudantes. Vamos aproveitar a reunião também para definir formas de protesto e estratégias de mobilização da categoria.


Venha. Participe. Traga sua indignação.


terça-feira, 23 de junho de 2009

Outra vez o diploma


Confesso que começo a cansar de ler tantas opiniões a respeito a respeito da extinção da obrigatoriedade do diploma para se exercer jornalismo.

Mas vejo que se metade das pessoas - entre elas este que vos escreve - tivesse se mobilizado, protestado, ou exercesse seu poder de cidadão, das duas uma: ou a notícia não pegaria ninguém desprevenido ou nossos doutos ministros do STF teriam outra opinião.

Deveríamos ter nos mobilizado antes. Agora, infelizmente, parece que é um pouco tarde.

Somos bons em escrever (pelo menos uma boa parte). Precisamos aprender a nos mobilizar.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Eleições no Irã


Afinal, o Ahmadinejad ganhou ou não? Por que essa preocupação com o Irã? Petróleo? Medo da bomba atômica??

O inimigo do meu inimigo não é meu amigo. Se Ahmadinejad odeia os Estados Unidos não significa que ele esteja do meu lado.

É uma análise canhestra e quase pueril, apoiar o nome de Ahmadinejad só porque o dito cujo andou peitando o país do Tio Sam. Trata-se de um conservador, fronteiriço entre o provinciano e o fanático.

Mas o mais estranho é o espaço que vem sem dado na grande imprensa às eleições iraquianas. Não vemos o mesmo espaço para eleições em outros países. Mais um caso de subserviência e falta de análise crítica tanto dos jornalões, quanto dos blogs que defendem o nome de Ahmadinejad como sendo um herói na luta anti-imperialista.


Mais diploma II

Como ficam os concursos públicos para o preenchimento de vagas para jornalista?

Vamos virar todos burocratas, lotando cursinhos?


Mais diploma


Achei sintomática a comparação do presidente do STF, ministro Gilmar "Darth Vader" Mendes.

Eles comparou a profissão de jornalismo com a de um chefe de cozinha.

Bom pra mim que me aventuro entre fogões, fornos e panelas como hobby de final de semana.

Já posso pensar num Plano B profissional. Desta vez sem a ilusão de um diploma!

O diploma de jornalismo


O assunto promete render páginas e mais páginas, posts e mais posts, lágrimas, lamentos e ranger de dentes. Mas parece que é definitivo: para exercer a profissão de jornalista não é mais necessário envergar um diploma.

Perde um pouco a categoria. Os salários, aviltados, tendem a se achatar. A qualidade do jornalismo pode até sofrer, mas nada muito diferente do que está aí.

Há muito a formação acadêmica deixa a desejar. Culpa do sistema educacional como um todo. Posso observar nas novas gerações com as quais convivo, uma formação menos sólida. Um certo descompromisso, um preocupante despolitização. Sabe-se menos da história política recente. Tem-se menos compromisso com causas maiores. São pragmáticos demais, individualistas demais, conformistas demais.

Mas, calma, isso não é um defeito das escolas, das faculdades, das universidades. Talvez o retrato de uma geração, de um sistema, ou do tal de estabilishment que tanto apregoam.

Sinceramente - e dou a mão à palmatória - não acho o diploma fundamental. Acho importante uma formação acadêmica. Uma passagem, ainda que breve, pelos corredores de uma universidade. Mas precisamos brigar é uma universidade de qualidade. Pluralista, que invista numa formação intelectual mais sólida, mais reflexiva, mais questionadora, mais anarquista - no sentido mais amplo dessa palavra.

As escolas estão despejando mão-de-obra farta, barata, manipulável e alienada. Assim, o diploma é completamente desnecessário.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A greve na USP

Há alguns dias, comentei aqui que o sindicalismo sumiu dos jornais. Ou melhor, só aparece quando algum dirigente comete algum delito. E as manifestações, legítimas, só aparecem quando tratadas como caso de polícia ou quando param as grandes cidades.

Com a greve na USP não foi diferente. E o ombudsman da "Folha" também levantou a mesma questão.

A seguir, alguns trechos de sua coluna na edição dominical da "FSP".

"A Folha tratou da greve na USP até sexta como fato policial, isolado e sem motivos estruturais antigos e graves. Problemas de anos enfrentados pelas universidades paulistas foram ignorados pelo jornal (...)

(...) As reivindicações de funcionários, professores e estudantes não foram debatidas. Elas são justas. É possível atendê-las? Por que são feitas? Sobre isso, o leitor não recebeu informações minimamente satisfatórias. (...)"

Também não vi, não li, não ouvi - e posso estar desinformado - um pronunciamento sequer do governador José Serra, o responsável, legal e constitucional, por ações da Polícia Militar.

Mas o que se avalia quando a gente vê a cobertura de qualquer reivindicação por parte de servidores públicos é isso: A grande maioria desses trabalhadores tem salários ridículos e há anos não sabem o que é um reajuste. E aparecem, na grande mídia, como um bando de desocupados, péssimos profissionais, e mal-agradecidos que ainda querem aumento salarial. E que a solução é a privatização.

Depois reclamam quando a gente acha que Serra e Aécio são "blindados" pela grande imprensa.

terça-feira, 9 de junho de 2009

De quem foi a culpa?

A "forçação de barra" para tirar proveito político do acidente com a avião da Air France é algo que salta aos olhos e preocupa.

Primeiro foi a demorar na localização do local. Foi um tal de dizer que não estamos preparados, que nossas autoridades são umas descompensadas etc. etc. etc.

Depois foi a comparação. Diziam que enquanto o presidente Sarkozy era quem falava e consolava as vítimas, Lula continuava sua viagem.

Por último foram as declarações do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ela teria precipitado em identificar alguns destroços como sendo da aeronave, para depois ser desmentido pela Aeronáutica.

Vamos por partes:

1) Buscas. A mídia esqueceu-se do acidente, suas causas, a dor de pessoas que perderam parentes e concentrou-se na buscas. Como se localizar destroços de um avião no meio do Oceano Atlântico fosse a coisa mais fácil do mundo. E mais: quase colocaram a culpa nos controladores de voo. Os mesmos do acidente com o avião da Gol e o Legacy, dos norte-americanos.

2) Presidentes. Lula estava em viagem oficial e diplomática. E, que eu saiba, a Air France é uma empresa francesa, o voo era de bandeira francesa e franceses eram a maioria dos passageiros. Logo, cabe ao presidente francês fazer as honras da casa.

3) Jobim. Suas declarações podem ter sido até errôneas e precipitadas. Mas foram superestimadas e passaram a ocupar o foco do noticiário.

Enquanto isso, ninguém aventa uma falha no projeto ou outra coisa do gênero. É como se a fabricante dos aviões fosse perfeita. perfeitíssima. A culpa foi do Brasil, do Lula e de nossos políticos ...

Um perfeito exemplo do "complexo de vira-lata" a que se referiu um tal de Nelson Rodrigues!

terça-feira, 2 de junho de 2009

GM


Mais uma pergunta que não quer calar:
Com 60% do controle acionário nas mãos do governo a outrora poderosa General Motors passa a ser estatal?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Petrobras

Não é preciso ser adepto da teoria da conspiração. Ao mesmo tempo que o Brasil descobre a camada pré-sal começa o bombardeio em cima da Petrobras. 

Nem o Eremildo, o Idiota (personagem do colunista Elio Gaspari) acredita que uma coisa não tem a ver com a outra.

Mais detalhes depois!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Gilmar, nunca mais!


Não poderia deixar de dar minha contribuição!

http://saiagilmar.blogspot.com/

Crise? Que crise!!


Não é uma marolinha, mas o Tsunami ainda não chegou. Espero que nem chegue. Informações, as mais desencontradas, aqui e ali.
E assim vamos, devagarzinho, levando a vida.

Todo esse nariz-de-cera (*) somente para justificar que estou apertadíssimo no trabalho e sem tempo para blogar.

Mas eu volto. Aguardem-me!!

(*) Nariz-de-cera é a forma mais ou menos romanceada de se começar uma notícia, sem acrescentar nenhuma informação relevante. São aquelas linhas meio inúteis no começo de uma reportagem ou matéria. É algo fora de moda e que não é recomendado por nenhum manual de redação de jornal grande.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Cruzeiro 5 ... de novo!

O vídeo é antigo, mas a dublagem é nova e criativa.
Espero que todos tenham espírito esportivo e divirtam-se


sábado, 25 de abril de 2009

Manifestação em Ouro Preto

Achei que iriam ignorar a manifestação dos sindicatos em Ouro Preto. Postei o manifesto porque sabia que os jornais nem iriam tomar conhecimento.

Dou a mão à palmatória.

Os jornais publicaram. Alguns no último parágrafo. Outros ao lado da justificativa do governo - o famoso "o outro lado".

Menos mal!
Mas gostaria de ver se o mesmo espaço exíguo seria dado se o protesto fosse da CUT contra o presidente Lula.

Cenas Inesquecíveis VII - Boleiros

Já que domingo é dia de grandes decisões _ Cruzeiro X Atlético, Flamengo X Botafogo, Corinthians X Santos _ nada melhor que a cena inicial de "Boleiros", do diretor Ugo Giorgetti.

Que os juízes deste domingo não se inspirem no impagável personagem de Otávio Augusto, em "Boleiros"

Hora da leitura - A Infiel e a Virgem na Jaula



Agora que a polêmica do bispo de Olinda arrefeceu, é bom lembrar que o tema religião-opressão-obscurantismo não está restrito somente aos dogmas católicos. Em dois livros "A Infiel" e "A Virgem na Jaula", a cientista política Ayaan Hirsi Ali, somaliana de nascimento e atualmente residindo nos Estados Unidos coloca o dedo na ferida ao questionar, aberta e publicamente, a relação do islamismo com as mulheres.

Na primeira parte do livro, Hirsi Ali narra em pormenores como viveu o pão que o diabo amassou. Fugindo de guerras e golpes, morou no Quênia, passou pela Arábia Saudita e viveu longe do pai – um ativista político – mas ao lado da mãe conservadora e da avó, mas conservadora ainda. Mãe e avó não pestanejaram em recorrer à clitoridectomia, ou seja, seu clitóris e grandes lábios são extirpados a seco quando ela era criança. Caso contrário, poderia ser considerada uma prostituta.

As dificuldades e costumes tribais se sucedem em uma narrativa seca, sem rancor, mas com sensibilidade.
Na segunda parte, já vivendo na Holanda, para onde fugiu depois de recusar um casamento arranjado pelo pai, Hirsi Ali parte para algumas reflexões, depois de aprender o holandês (com méritos, pois já se comunicava em somali, inglês e um árabe rudimentar) e concluir a faculdade. Não antes de se eleger deputada no parlamento holandês.

Seu principal questionamento é que se os países cristãos devem sofrer porque são infiéis, porque os países muçulmanos é que se vêem envoltos em guerras e uma gritante pobreza? Quando tudo parecia se encaminhar para uma vida menos sofrida, a cientista política viu-se ameaçada e transformada em um Salman Rushdie de saias. Vive debaixo de um aparato militar e é jurada de morte pelos mais radicais e fanáticos que a acusam de profanar o Islã e o profeta Maomé.

Por conta de suas colocações, Hirsi Ali já perdeu um amigo, Theo Van Gogh, cineasta com que fizera o filme “Submissão”. Ele foi encurralado por uma radical e morto. Em seu peito foi cravada uma faca com um bilhete endereçado à escritora. Da forma mais paradoxal, o tal bilhete começava recorrendo a “Alá, o clementíssimo e misericordiossímo”.


Sem a menor dúvida, vale a pena se debruçar pelas quase 500 páginas de “Infiel”. A história, apesar de triste, é muito bem narrada e suas considerações finais a respeito de religiosidade e respeito à individualidade e ao livre arbítrio, são fundamentais em um mundo que precisa cada vez mais de aceitar e respeitar o outro.


Ao final, resta a dúvida: até quando a liberdade de credo deve ser aceita, mesmo que em nome desta fé sejam cometidas atrocidades e flagrantes desrespeitos a direitos humanos dos mais básicos e sem os quais a vida não ter o menor sentido?

Depois de "A Infiel", Ali Ayaan Hirsi Ali joga mais lenha na fogueira com seu livro "A Virgem na Jaula - Um apelo à Razão". A obra reúne alguns ensaios, discursos no Parlamento holandês (onde é deputada) e até o roteiro de "Submissão", filme odiado por nove em cada dez muçulmanos do planeta.


Ayaan Ali entra em temas muito mais que polêmicos, explosivos até, ao questionar o que chama de atraso do mundo muçulmano e seu histórico de violência, principalmente contra as mulheres. "Queremos o nosso Voltaire", brada a autora, fazendo menção a um dos ideólogos do Iluminismo, que por sua vez desembocou na Revolução Francesa e no respeito aos direitos humanos, principalmente o de expressão.

Apesar de respeitar a religião, Ayaan não se furta em questionar Maomé (ou Muhamed, como preferem os mais politicamente corretos) e culpar o islamismo pelo atraso econômico de alguns países que misturam Estado e religião. Ela vai mais além ao afirmar que não há "um muçulmano que tenha feito uma descoberta científica e tecnologia". E sentencia: "numa comunidade de 1,2 bilhão de fiéis, conhecimento e progresso não são aspirações prioritárias".

Ayaan ainda despeja pólvora na fogueira quando alinha, em um capítulo de seu livro, dez dicas para muçulmanas que querem fugir. Merece registro também seu levantamento sobre a "circuncisão feminina", meninas que têm o clitóris arrancado e a vagina suturada para tirar o prazer e mostrar virgindade. Uma prática tribal e que, segundo ela, conta com o "silêncio complacente" dos países desenvolvidos.


* AGENDA : "A Virgem na Jaula - Um Apelo à Razão", de Ayaan Hirsi Ali, editora Companhia das Letras, 224 págs., R$ 39

* AGENDA : “Infiel – A história de uma mulher que desafiou o Islã”, Companhia das Letras, 496 páginas, R$ 49.

Mendes X Barbosa II

Para quem não viu ou não sabe do que se trata.
O comentário está mais abaixo.

Farra aérea

Outro assunto que consome papel e horas de TV é o das passagens aéreas.

Só que desde que a capital federal mudou de mala e cuia para Brasília os nobre parlamentares têm o privilégio. Há excessos? Há. Mas há por trás de tanto bombardeio um interesse, difuso, de emporcalhar a classe política, criar um clima pesado e afastar o cidadão comum das coisas políticas.

Só que há uma outra coisa que ficou meio de lado. E as agências e as companhias aéreas não tiverem um dedinho de conivência? Não ouvi, não vi, não li nada a respeito.

Ninguém se esmerou em investigar se não há uma troca de interesses entre as companhias e alguns políticos. Pelo menos por enquanto.

Mas é comum isso no Brasil: acusa-se, julga-se e sentencia-se o corrupto. E o corruptor segue sem ser incomodado.

Mendes X Barbosa I


Eu sei que parece coisa de criança apartada depois de uma briga. Sempre um dos dois contendores se defende: "Foi ele quem começou". Mas a comparação cai como uma luva na discussão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quem acompanhar o vídeo com cuidado vai notar que é o ministro Gilmar Mendes quem parte para o ataque dizendo: "Vossa Excelência não tem condições de dar lição de moral a ninguém".

Mantendo a atenção também dá para ouvir uma risada cínica de Gilmar Mendes, à semelhança de um vilão de filme de terror (de segunda categoria, diga-se de passagem).

Milhares de brasileiros - pelo que deu para sentir na internet e na seção de cartas dos jornais - apoiaram o ministro Joaquim Barbosa.

Outros tantos saíram em defesa de Mendes em nome da imparcialidade etc etc.

O fato é lamentável, mas não destrói o Judiciário. Ministros do Supremo não são semi-deuses. São como eu, você, nós: seres humanos.

O fato é que os dois se estranham há algum tempo e o pote de Barbosa deve ter se enchido. Pode ter perdido a compostura, a liturgia do cargo e outras atribuições da função, mas deve-se destacar duas frases:

"Vossa Excelência não está na rua. Você excelência está na mídia..."

"Vossa Excelência não está falando com seus capangas do Mato Grosso."

A primeira é uma constatação. E a segunda? Uma grande indagação. O quê Joaquim Barbosa quis dizer? Porque nossa grande imprensa não corre atrás e esclarece a afirmação? Adoraria saber qual a relação de Gilmar Mendes com Mato Grosso. Fazendas? Provavelmente, já que criticou o Movimento dos Sem Terra (MST).

Quem são esses capangas, alguém pode me responder?

E a "Veja" que defende Gilmar Mendes e também já deu capa para Joaquim Barbosa (reprodução acima) quando ele foi designado o relator do mensalão, vai ficar do lado de quem?

Aguardemos os jornais de domingo!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Na moita!!

Peço perdão a quem tem visitado este espaço e o vê desatualizado. Como ainda não vivo exclusivamente da função de blogueiro, compromissos profissionais têm me deixado afastado. Mas garanto que em breve, volto para comentar dois assuntos:

* A farra das passagens aéreas
* O sensacional confronto Joaquim Barbosa X Gilmar Mendes, no plenário do Supremo.

Obrigado pela paciência e pela leitura!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

E o futuro??

O vídeo abaixo tem tantas informações que chega até a tontear, mas vale a reflexão.

O tempo vai passando, vai passando e continuamos com baixissimos níveis de educação. E não é só a educação formal, mas aquela educação que rima com cidadania.

Mas... assista ao vídeo. Vale a pena!


Manifestação dos sindicatos

Movimentos sociais e entidades sindicais prometem uma manifestação durante as comemorações do dia 21 de Abril, em Ouro Preto. Como já disse anteriormente, os sindicatos continuam atuantes, mas sem voz nos telejornais e grandes jornais de Minas. 

A alegação, segundo já ouvi de um integrante do alto escalão do governo de Minas, é que "eles estão fazendo política". Como se algum ato do governador, ou de algum governante, não fosse político. Ao dar este tom de eminentemente técnico ao governo atual, escondem que ele age - e é bom que o faça e assume que faça - atendendo a interesses e a ideologias políticas. Esconder isso, é manipular a informação e escamotear do lado de quem o governo realmente está.

Lançado em novembro, a manifestação é do Fórum Sindical e Social

Como contribuição à democracia, segue a íntegra do manifesto de fundação do Fórum e caso o governo queira se manifestar, o blog está de portas e links abertos : 

Os trabalhadores de Minas Gerais vêm a público denunciar o desmantelamento da estrutura do Estado em benefício de um projeto político pessoal, que vem acarretando um retrocesso histórico com o sucateamento de empresas e órgãos público como a Cemig, a Copasa, o Ipsemg e de outros importantes patrimônios do povo mineiro. 

Na saúde, a qualidade dos serviços e as condições de trabalho estão tão precárias pela falta de investimentos que até o Ministério Público do Trabalho repassou verbas para tentar minimizar problemas estruturais de algumas unidades. Os hospitais sofrem com superlotação, falta de equipes e de instalações para atendimento à população. 

Na educação, após décadas de luta pela valorização do magistério, presenciamos o governador de Minas Gerais se aliar a outros para impedir que o piso nacional de R$ 950,00 dos professores seja implantado.Na área de segurança, os investimentos divulgados pelo governo estão muito aquém das necessidades verificadas. São 14,3 homicídios dolosos para cada 100 mil habitantes e há superlotação em cadeias públicas sob controle da Polícia Civil. 

Enquanto isso, o governador Aécio Neves viaja numa sutil campanha eleitoreira e a sociedade fica trancada em suas casas com medo da violência nas ruas.A Cemig propõe cortes nos postos de trabalho, precarizando a prestação de serviços através da terceirização. Uma posição totalmente oposta aos lucros que vem apresentando há vários anos. Vale salientar que, em 2008, a empresa deve obter o maior lucro de sua história, cerca de R$ 2 bilhões

Já a Copasa, que fornece um serviço essencial à saúde da população, tem voltado seus interesses para as ações na Bolsa de Valores, deixando de investir em municípios que não dão lucros. A política adotada na empresa é discriminação de idade através da demissão de trabalhadores concursados, enquanto contrata assessores sem concurso público com altos salários. Ela beneficia ainda grandes construtoras com a prorrogação de contratos. 

Como se não bastasse, o governo Aécio Neves investe em práticas anti-sindicais que ameaçam os direitos e a liberdade de expressão dos trabalhadores. Exemplo disso são os ataques que o sindicatos vêm sofrendo com perseguição aos diretores, falta de agenda para reuniões de negociação, controle de informações, uso do poder da política contra as manifestações e processos judiciais. Tudo isto, visando o desmantelamento dos sindicatos. 

Cabe denunciar que, enquanto as empresas públicas mineiras gastam milhões de reais em publicidade, a população amarga faturas altíssimas de energia e de água. Esses mesmos cidadãos são impedidos de terem acesso a informações fundamentais de toda natureza devido ao silêncio incompreensível dos meios de comunicação. 

Nós, entidades sindicais, nos vemos na obrigação de alertar que o interesse público relevante como saúde, saneamento, educação, energia e segurança não está sendo prioridade neste governo.O “choque de gestão” implantado em Minas vem trazendo resultados apenas para os investidores estrangeiros e deixando de lado os interesses do povo mineiro. Não podemos mais esperar, resignados, que o nosso Estado, tradicional na defesa da liberdade, volte sua atenção para os interesses da sociedade. E preciso construir uma gestão democrática, que beneficie a população e, sobretudo, volte a dar espaço para a liberdade.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Yes, Weekend!

Para animar o final de semana!

A concentração escancarada

Livro mostra que meios de produção do país pertencem a 6% da população 

Reportagem da Radiobrás sobre o livro "Proprietário: Concentração e Continuidade" revela que os meiosde produçao e riqueza do país estão concentrados nas mãos de 6% dos brasileiros.

"A urbanização aumentou o número de propriedades e de proprietários, mas não acompanhou o aumento da população. A concentração permanece. Nós [brasileiros] nunca vivemos uma experiência de democratização do acesso às propriedades no nosso país”, disse Márcio Porchmann, presidente do Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (Ipea). 

Ainda segundo ele,  O Brasil tem seus meios produção de riqueza mais mal distruídos entre os países da América Latina, por exemplo. E isso não deve mudar em um curto prazo, segundo o economista.

Precisa dizer mais alguma coisa?

A reportagem completa está no site da Agência Brasil

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Declame, não cante VI

Chico Buarque não merece um estrofe. Vale um poema inteiro. Mas, atenção: não vale cantar!

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.

Cenas Inesquecíveis VI - "Luzes da cidade"

Charlie Chaplin relutou o quanto pôde em fazer filmes falados.
Pudera, o sorriso e o olhar do genial Carlitos na cena final de "Luzes da Cidade" dispensam qualquer texto, qualquer palavra...

Sindicalismo

O sindicalismo sumiu das coberturas dos grandes jornais. Quando aparece é por conta de ladrões disfarçados de sindicalistas.

Logo depois do fim do período militar, os sindicalismo voltou à tona. Líderes sindicais tinham voz e vez. Que o diga o vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, líder dos servidores públicos que ganhou notoriedade ao conduzir movimentos e pedir a cabeça do então governador Newton Cardoso.

Mas hoje os sindicatos parecem não ter mais voz. E o movimento dos agentes penitenciários deve ter divulgado que a categoria estava insatisfeita com medidas do governo de Minas. Só que na ânsia de blindar e proteger o governador Aécio Neves o assunto deve ter sido solenemente desprezado.

Pois bem, a população (leia-se também contribuintes) foi pega de surpresa com a manifestação dos trabalhadores que, literalmente, deu um nó no já confuso trânsito da capital mineira. Todos foram pegos de surpresa.

Os trabalhadores têm o mais amplo de direito de protestar, de revindicar, de se manifestar, de mostrar sua insatisfação com o governo Aécio. Só que o resto da população não fica sabendo de nada e quando tem notícia sobre o movimento é da pior maneira possível: preso em gigantescos engarrafamentos. E, claro, deve ter ajudado que os agentes são um bando de baderneiros!

Com a providencial ajuda dos grandes jornais, o governo vai jogando as coisas para debaixo do tapete. Se é assim que lida com a oposição - legítima e democrática - como o governador Aécio Neves vai agir em Brasília, se eleito for, onde as pressões são infinitamente maiores?

Março de 1964 - 45 anos - III

Esperei um ou dois dias para ver o que a grande imprensa publicaria sobre o golpe militar de 1964.

Golpe, aliás, que nos livros escolares, virou "Revolução".

A data entrou mesmo para a história. Poucos se atreveram a falar do período. Apenas citações a uma comemoração dos militares.

Apenas a TV Câmara levou ao ar um debate - quente por sinal - entre o coronel e ex-ministro Jarbas Passarinho (um dos signatários do AI-5), Ivo Herzog (filho do jornalista Wladimir Herzog, assassinado dentro de um quartel) e Marco Antônio Tavares (ex-deputado do PCB).

Hoje todo mundo - com as exceções de sempre - condena a ditadura. Mas o editorial de "O Globo" publicado em post anterior mostra que não foi bem assim não.

Uma coisa é certa: ditadura nunca mais!

terça-feira, 31 de março de 2009

Março de 1964 - 45 anos II

No post abaixo, a transcrição do editorial de "O Globo" do dia 2 de abril de 1964.

Voltamos ao assunto mais tarde.

Março de 1964- 45 anos I

editorial de "O Globo", em 02/04/1964

Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.

Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada.

Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente, para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino, sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo.
Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez.

Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo.

As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, "são instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI."

No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra, saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube, vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei.

Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal.
Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo.

A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime. Não foi contra qualquer reivindicação popular, contra qualquer idéia que, enquadrada dentro dos princípios constitucionais, objetive o bem do povo e o progresso do País.

Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente, as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor.

sábado, 28 de março de 2009

Declame, não cante V

Sem cantar, declame

Às pessoas que eu detesto
diga sempre
que eu não presto
que o meu lar
é um botequim

Mudar para permancer



Quem tem mais de 30 anos deve se lembrar das mudanças propostas por um jornal norte-americano, o USA Today, no meio dos anos 80. Cansado do jornalismo com bases conceituais ainda da década de 50, o jornal se inspirou na TV. Afinal, quem hoje não tem ou não vê televisão, em especial os telejornais. Assim, o jornal abusou de cores e fotos, e diminuiu textos e quantidade de notícias. O USA Today resolveu ir além da TV e não apenas repetir o noticiário. Enquanto a TV tem instantaneidade, o jornal, em tese, já chega velho às bancas, pois a edição que chega com as primeiras luzes do dia nas bancas, foi finalizada na noite anterior. Tal fórmula inspirou o então nascente Hoje em dia (www.hojeemdia.com.br) que sacudiu o preguiçoso mercado mineiro de jornais e já chegou aos 21 anos ininterruptos.

Pois bem, a “Folha de S. Paulo” vem fazendo este mesmo caminho, só que seu alvo não é mais a TV e sim a internet. E parte da seguinte premissa: o papel que cabe aos jornais impressos é a análise. Portanto, terá textos cada vez mais curtos e vai jogar pesado em seu bom time de colunistas. O grupo pode se dar ao luxo de fazer este tipo de aposta. Dona do Universo On Line (www.uol.com.br), o site é um dos mais acessados e tem um invejável volume diário de informações. Além do noticiário em tempo real, são dezenas de blogs e outras parafernálias da rede mundial de computadores. Com todo este oceano de informações, a edição impressa já chega meio caduca na casa dos assinantes.

Futebol, paixão nacional


Um bom exemplo é o futebol. Com as partidas acontecendo cada vez mais tarde – em função dos horários da TV que sustenta muitos clubes – é difícil imaginar alguém que compre um jornal para saber o resultado de uma partida na noite anterior. Mesmo porque, aqueles que não acessam a rede, têm no prosaico radinho de pilha um aliado fiel. O sujeito quer mesmo saber de análises dos comentários.
As mudanças são, em última análise, bem-vindas.

Mas sempre há um porém. A tendência à monopolização. Três ou quatro grupos detêm o poder da comunicação no Brasil. Folha, Estado e Globo, além de jornais arrasa-quarteirões, também são donos de agências de notícias e a maioria esmagadora dos jornais Brasil afora como não tem capacidade de manter repórteres em Brasília, limitam-se a publicar o que as agências de tais grupos distribuem. Sem mencionar uma série de notícias que interessam somente ao chamado eixo Rio- São Paulo e que é levado para um indefeso leitor do “Diário de Borborema” no interior da Paraíba.


E como não há santos na história, é sabido que os três grupos têm lá seus interesses políticos. São todos discretos (ou nem tanto) aliados do tucanato paulista e José Serra já é tido, nas entrelinhas, como o futuro presidente do Brasil. Sem mencionar outros preconceitos não menos votados: uma certa indisposição com o Nordeste, com os movimentos sociais e arrogância de querer ditar normas para o resto do Brasil passando por cima de hábitos e costumes.

Mas ainda bem que a própria internet que inspira a “Folha” é a mesma onde a informação circula livre e um número cada vez maior de blogs e sites alternativos faz uma outra leitura do Brasil atual.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Clodovil, de vítima a herói


“Sei que amanhã/ quando eu morrer/ os meus amigos vão dizer/ que eu tinha um bom coração/ (...) Por isso é que eu penso assim/ Se alguém quiser fazer por mim/ Que faça agora”

A música, de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, retrata bem o que sempre acontece: basta morrer para se perdoar vicissitudes e defeitos. Tudo bem: a morte continua sendo um mistério a embalar religiões e seitas desde que o mundo é mundo.


Tratado como excêntrico quando foi eleito deputado federal, o estilista, costureiro e polêmico apresentador de TV Clodovil Hernandes mereceu horas na TV, páginas e mais páginas impressas e em sites. Primeiro o gabinete que recebeu decoração diferente. Depois suas picuinhas com colegas, uma briga dentro de um avião e alfinetadas (sem trocadilho com suas costuras, por favor) em colegas e na instituição que o acolheu.


Sem falar que foi veladamente criticado quando não cerrou fileiras nem defendeu as mesmas bandeiras homossexuais. Logo ele, um dos primeiros a se assumir nesta condição quando os tabus ainda eram mais fortes do que hoje.


Eleito democraticamente com 490 mil votos, sua ideias eram menosprezadas e usou-se e abusou-se de uma certa maledicência ao divulgar seus primeiros projetos. Logo num Congresso contaminado de figuras bizarras e notórios ladrões do dinheiro público.


Mas sua morte silenciou este lado. Foi tido como avançado, como pioneiro, como mestre de uma geração, como corajoso e outros adjetivos. E tome horas na TV, páginas e mais páginas impressas e em sites. Até redescobriram projetos de alcance e repercussão.


Informação ou entretenimento?


Não é o caso de concordar ou discordar de Clodovil. Mas sim de colocar um olho mais crítico na cobertura oriunda de Brasília. A informação é tratada como mero entretenimento e não como um direito, um serviço à cidadania e aos interesses da população brasileira. O que vale é o engraçadinho, o inusitado, o diferente em meio a tantas notícias verdadeiramente importantes que merecem notas curtas, cantinhos disfarçados de página ou reportagens de TV sem o aprofundamento necessário.


E Clodovil foi mais uma vítima deste noticiário que em vez de informar e formar cidadãos, deforma e faz da política uma atividade menor. Fica chato repetir o surrado chavão que ao poder e aos meios de comunicação não interessa um cidadão consciente e bem informado. Mas a julgar por este tipo de cobertura fica evidente que a intenção é mesmo manipular a informação. A política é mal tratada e seus maus exemplos recebem mais atenção do que os bons. Estamos fartos de alguns políticos e sua conduta mais que condenável. Mas não isto não deve diminuir a atividade política, essencial para a vida moderna. Ao colocar todos na mesma vala comum – se bem que, reconheçamos, sobrem bem poucos – perdemos a oportunidade de se ensinar a votar e exercer a cidadania.


Clodovil, que chegou ao auge da fama do sucesso por conta dos meios de comunicação, também foi vítima deste perverso sistema que constrói e destrói mitos ao sabor da onda ou dependendo de quem está pagando a conta.