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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Um dia após o outro- III


Abaixo, sem maiores comentários, trechos reproduzidos (leia-se o famoso CTRL C. Ctrl.v) de reportagem publicada na revista "Época", edição de agosto de 2007.
Para quem não se lembra, Denise foi a pessoa que apareceu fumando charuto em uma festa. A tal festa aconteceu em meio aos atrasos de vôos, o tal de "Caos Aéreo" que também já sumiu do noticiário.


Denise é fogo

Briguenta e neófita no mundo da aviação, a diretora da Anac é um símbolo do prejuízo geraado pelo aparelhamento político das agências reguladoras


Menos de 24 horas depois da tragédia com o avião da TAM, no dia 18 de julho, um grupo criado às pressas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avaliar o tamanho da crise reuniu-se no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Além de representantes do Palácio do Planalto e da Aeronáutica, estavam presentes o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, e três diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), entre eles a advogada Denise Abreu. Quando entrou em discussão a reabertura da pista principal do aeroporto, começou um bate-boca entre Denise Abreu e Pereira. “Vocês autorizaram a reabertura da pista sem ouvir a Anac”, disse Denise. “Não. Os técnicos de vocês acompanharam o pessoal da Infraero”, afirmou Pereira. Julgando que Denise tentava transferir para a Infraero uma responsabilidade que ele queria compartilhar, Pereira disse a Denise: “Não faça mais isso, senão eu abro sua caixa-preta e mostro quantos passageiros a TAM leva em cada avião: gente acomodada na cabine e até nos banheiros, sem que vocês façam nada”. O episódio foi relatado a Época por pessoas presentes à reunião. Denise Abreu nega o bate-boca. Por meio de sua assessoria, o brigadeiro Pereira disse que a referência à caixa-preta de Denise e de seu suposto favorecimento à TAM foi feita em tom de blague. (...)

(...) Aos 45 anos, divorciada, um filho, Denise é procuradora do Estado de São Paulo. Desde a década passada está afastada para ocupar cargos políticos. No governo do tucano Mário Covas, foi chefe de gabinete da Secretaria de Saúde de São Paulo e depois foi para a Febem na tentativa de contornar uma crise.(...)

(...) Na Anac, Denise é conhecida por falar alto e bater na mesa para defender seus pontos de vista. Funcionários contam que ela costuma exercer pressão sobre colegas diretores e subordinados (...)

(...) Entre os companheiros da Anac, Denise é criticada por tratar de modo rude os subordinados. (...)

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